Duas mulheres cacheadas na frente do salão

Foto: Imagens Cedidas

O processo de transição capilar pode ser muito revelador e libertador para mulheres e ajuda a entender o real significado dos cachos.

O Cultura Cacheadas surgiu após um plano de negócios na faculdade de administração, o salão ganhou vida, se materializando dois anos depois e neste momento transforma a vida de muitas mulheres com quase cinco anos no mercado.

“Meu trabalho tinha um propósito e uma essência, que era fazer com que o meu negócio tivesse alma. Entendi que meu salão cuidava de pessoas e que o cabelo era uma consequência. Na Cultura fiz amigos, conheci novos projetos entendi a luta contra racismo e intolerância. É um projeto prodígio mostrando seus frutos e encontrando pessoas maravilhosas como a Suellem Mendes e a Renata Ribeiro por seu caminho”, afirmou, Daiani Sales.

Este processo consiste em abandonar procedimentos químicos que alisam o cabelo e aceitá-lo de maneira natural. Pode parecer problematização chique, mas envolve toda uma quebra de padrões de beleza.

“Fiz minha transição com a Daiani, em 2017 e desde então não alisei mais o cabelo, e nem pretendo. Depois descobri as tranças e agora sou adepta delas, estou sempre mudando o cabelo”.

Transição capilar vai além de deixar o cabelo natural

“Mas para mim, a transição capilar, muito mais do que apenas deixar o cabelo natural novamente, foi uma descoberta de identidade e ancestralidade”. conta, Suellem Mendes, cliente.

Contudo a trancista (profissional que trabalha fazendo tranças) Renata Ribeiro, fala de sua parceria com a idealizadora do Cultura Cacheadas, que descobriu seu trabalho por meio de uma cliente. E foi assim que a parceria surgiu, pois faltava uma trancista para fechar esse ciclo.

Muitas pessoas procuram pelo salão, que fica em Altamira (Pará), para fazer a transição capilar, além da alta demanda por tranças durante este período. As tranças se enraizaram na construção de identidade de pessoas que buscam a transição, um ato não só de estética, mas de resistência.

“As cacheadas e crespas que estão passando pela transição capilar buscam essa identidade. As tranças, sem dúvida, são ótimas aliadas nesse momento de dificuldade e aceitação para as mulheres, mas mesmo depois de sair da transição, muitas continuam a usar tranças por se identificarem, por perceber que dá pra mudar o visual sem detonar os cabelos com procedimentos químicos”, conclui, Renata Ribeiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *