Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

36 horas após atentado contra o estado, bolsonaristas já lidam com as primeiras consequências por seus atos terroristas em Brasília

No último domingo (08) o Brasil inteiro acompanhou a tentativa criminosa de ataque aos Três Poderes cometida por eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estavam insatisfeitos com o resultado das eleições que elegeram Luis Inácio Lula da Silva (PT). O Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional foram seriamente depredados, mas os golpistas, aliados e financiadores já estão sofrendo as consequências pelos crimes.

Criminosos detidos

Segundo o Interventor na Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, mais de 1000 pessoas foram identificadas e presas nas últimas 36 horas.

Ao menos 1,5 mil bolsonaristas foram detidos durante a desocupação do acampamento montado em frente ao QG do Exército em Brasília e levados para a Academia Nacional da PF. Segundo apuração do jornal Metrópoles, muitos portavam facas, pistolas e tesouras durante o trajeto para o ginásio. A desmobilização aconteceu um dia após os atos terroristas e desde a noite de segunda (09), alguns ônibus compostos principalmente por mulheres, idosos e menores de idade se encaminham à Rodoviária Interestadual de Brasília.

Desmobilização de acampamentos bolsonaristas

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou na madrugada de segunda-feira (09) a “desocupação e dissolução total” dos acampamentos que ficavam nas “imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos”. Moraes concedeu um prazo de 24h para a evacuação, com prisão em flagrante caso não cumpram a decisão. Ao menos 70 acampamentos já foram desmontados em todo o Brasil.

Mais de 100 empresas suspeitas de financiar ataques

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), mais de 100 empresas já foram identificadas como suspeitas de financiar os atos terroristas em Brasília. Segundo as investigações, o dinheiro dessas organizações custeou o transporte de bolsonaristas radicais até a capital federal e auxiliou a manutenção de um acampamento que permaneceu em frente ao QG do Exército em Brasília por mais de 60 dias.

A princípio, as entidades privadas identificadas estão distribuídas por todo o Brasil, em pelo menos 10 estados diferentes, mas a maioria possui sede no Mato Grosso e em Santa Catarina. A AGU pedirá medidas cautelares para o bloqueio de bens das empresas e solicitará que a Justiça reserve parte dos recursos para pagar pelos estragos feitos na Esplanada dos Ministérios.

Plataforma para facilitar denúncias

Primeiramente, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, determinou a criação de um canal para que a população enviem e encaminhem vídeos e fotos que possam auxiliar na identificação dos criminosos. Os procuradores-crefes das unidades do Ministério Público Federal (MPF) de todo Brasil já foram orientados à atuar em conjunto com as forças de segurança.

Nas redes sociais, internautas também estão fazendo levantamentos e expondo os responsáveis pelos atos antidemocráticos. Uma página no Instagram (@contragolpebrasil) já possui mais de 1 milhão de seguidores e tem como objetivo auxiliar na identificação dos apoiadores de Bolsonaro que participaram dos ataques na capital federal.

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