Pix é a nova tendência de sequestradores e golpistas cibernéticos

Lançado em outubro de 2020 o pix veio para revolucionar os pagamentos

Foto destaque: Reprodução/PagBrasil

Texto por Francisco Diogo

O Pix faz parte do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), estabelecido em 21 de Dezembro de 2018 no Banco Central. Com isso, as transições são instantâneas nos 7 dias da semanas, 24 horas por dia e gratuito. Assim, as chaves de acesso são o CPF, CNPJ, número de celular, email, chaves aleatória gerada pelo sistema e endereço.

A princípio, o que seria uma facilidade vem sendo um atrativo para golpistas e sequestradores. A transição do Pix é irreversível até mesmo quando você consiga provar para seu banco que foi vítima de um golpe cibernético.

Sobretudo, os criminosos vêm utilizando perfis falsos em aplicativos de relacionamento para atrair futuras vítimas. No início deste mês, um engenheiro de 66 anos foi vítima do golpe do Pix. Após conversar alguns dias com a possível moça, o idoso marcou encontro com uma mulher na rodovia Raposo Tavares, no Butantan, zona oeste de São Paulo.

Já no local, o engenheiro foi rendido pelo criminosos e foi sequestrado e levado para a comunidade Sapé onde ficou amarrado dentro do carro por 15 horas. A quadrilha, enquanto fazia o idoso refém, realizou uma transferência de 40 mil através do Pix. Após isso, moradores acionaram a polícia no local e quando perceberam a chegada das viaturas, os criminosos fugiram. Por fim, a vítima foi resgatada em estado de choque, e os investigadores já têm pistas que levam aos suspeitos do sequestro.

Algumas dicas para você não ser vítima de golpes:

Sempre verifique a identidade de quem está solicitando o Pix;

Na hora de efetivar a transação, fique atento: os aplicativos estão cada vez mais fáceis de utilizar e o usuário, muitas vezes, seleciona ‘Confirmar’ sem nem perceber que está transferindo recursos para um nome que não conhece;

Alguns sites já estão adotando pagamento por Pix. Nesse caso, se o usuário estiver em um ambiente falso, o dinheiro vai para a conta do golpista;

É fundamental confirmar o limite disponível para transferência por Pix com a instituição financeira. Às vezes, o próprio usuário comete um erro de digitação e atribui a perda a um golpe;

Usuários que não têm familiaridade com o Pix, podem treinar o uso do recurso. Uma boa ideia é fazer um Pix de R$ 1 para um conhecido para testar a funcionalidade. E, se quiser, pode até pedir o dinheiro de volta, já que o processo é gratuito.

Confira os remetentes de e-mails e não acesse páginas suspeitas, com endereços curtos ou com erros de digitação;

Não clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou mensagens de SMS que direcionam a cadastros de chaves do Pix;

Cadastre chaves do Pix apenas em canais oficiais de bancos ou fintechs;
Em caso de suspeita, procure a equipe oficial do banco;

Após o cadastro, o Bacen envia o código por SMS (se a chave cadastrada for um celular) ou e-mail (se ela for um e-mail). Essa confirmação não vem por ligação telefônica nem por link;

Não compartilhe esse código;

Não faça transferências para conhecidos sem confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente. Por fim, o WhatsApp não é uma boa opção porque pode estar clonado.

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