Após a bela corrida do Azerbaijão a Fórmula 1 volta a Europa para o GP de Paul Ricard, na França

O Grande Prêmio da França representa a volta do Campeonato Mundial aos autódromos depois de duas corridas disputadas em circuitos de rua. O campeonato volta em uma das provas mais tradicionais da Fórmula 1. O circuito de Paul Ricard foi inaugurado em 1970, e teve a participação de duas lendas para o seu traçado. A consultoria de Henri Pescarolo, grande nome da maior prova de longa duração do mundo, Le Mans, e Jean Pierre Beltoise. Apesar de tradicionalíssima, ficou fora do calendário por um longo período, de 1990 até 2018.

O nome do circuito é um homenagem a Paul Merrill Luí Ricard, que foi um magnata, dono de uma indústria famosa de licor na França, e sempre esteve envolvido com patrocínios de eventos esportivos. O principal deles é o Tour de France, uma famosa corrida de ciclismo, o patrocínio durou de 1948 até 1951, quando na França entrou em vigor a proibição de veiculação de bebidas alcoólicas em eventos esportivos. A partir desta data, Paul Ricard começou a construção do autódromo em Le Castellet, que receberia futuramente seu nome, o magnata faleceu em 1997, com 88 anos de idade. A pista foi comprada antes de sua inauguração por uma empresa, Exl Esse, que tinha como sócio o chefão da Fórmula 1 na época, Bernie Ecclestone.

A França é um dos berços do automobilismo, sendo um dos Grandes Prêmios mais antigos da história. E também responsável pelas primeiras competições do esporte a motor, ainda em em 1906, 63º do campeonato mundial, bem antes do surgimento da Fórmula 1 em 1950.

O traçado de 5,8 km, é muito conhecido pelas suas áreas de escape, que possuem uma tecnologia usando faixas das cores vermelha e azul, que diminuem a velocidade dos carros bruscamente. Assim substituindo as caixas de brita, possibilitando os pilotos voltarem para a corrida sem danos. Ela funciona da seguinte forma: é composta por asfalto e tungstênio entre as faixas, e as faixas além das cores homenagear o país sede também tem uma forma de indicar a frenagem do carro, onde é azul mais próximo da pista diminui de forma gradual a velocidade dos carros não causando muitos problemas nas disputas de posição mais acirradas principalmente na largada já as faixas vermelhas bem mais afastadas são mais abrasivas e fazem com o carro para mais rápido.

O primeiro GP de Fórmula 1 disputado em Paul Ricard foi um ano após a sua inauguração em 1971 com vitória de Jackie Stewart, correndo pela Tyrael. O seu companheiro de equipe, o Francês, François Cevert, conquistou seu primeiro pódio da carreira, Cevet protagonizou um brutal acidente que deu fim a sua vida 2 anos depois em Watkins Glen.

De 1971 até 1990 Paul Ricard era a casa da Fórmula na França, e neste período recebeu 14 provas, após este período Magny Cours começou a receber as corridas até 2008, deixando o país 10 anos sem receber provas da principal categoria do automobilismo, retornando em 2018 onde a vitória de Lewis Hamilton que repetiu o feito em 2019, vale lembrar que em 2020 devido a critica situação da Covid 19 na França não houve a disputa da etapa no país.

Le Castellet, local onde se situa o circuito fica ao sul da França, bem próximo ao litoral que tem imagens maravilhosas como um grande paredão de rochas brancas que chegam a uma altura de 300m de altura, Paul Ricard fica em uma região de pequenas cidades porém praticamente o ano todo a movimentação de turistas é muito grande principalmente quando provas das mais diversas categorias do automobilismo é disputada por ali como a Hypercars e MotoGP, a grande cidade mais próxima é Marselha que fica a 40 km do circuito já Paris a capital da França fica a mais de 300 km.

O campeonato está embolado após o grande prêmio do Azerbaijão, e pode botar fogo na corrida na França, que geralmente é sempre morna, pois o desfecho em Baku deixou quase tudo como estava, pois tanto Lewis, quanto Max não pontuaram mantendo a minúscula diferença de 4 pontos, quem se sobressaiu foi Sérgio Perez que venceu a corrida o colocou a Red Bull em uma diferença confortável contra a mercedes, onde antes do Gp de Baku a diferença estava em 1 ponto agora se encontra em 26 de diferença, forçando a equipe dos carros pretos no mínimo pontuar com os 2 pilotos.

A necessidade de pontuar com os dois carros traz uma pressão em cima de Valtteri Bottas que é crescente nesse ano de 2021, piloto finlandês não vem apresentando bons resultados nessas duas últimas corridas, e ultimamente vem rejeitando o status de escudeiro de Lewis Hamilton desde o grande prêmio da Rússia no ano passado quando deu a pole position a Max Verstappen quando diminuiu a velocidade dando o vácuo necessário para o holandês conseguir mais velocidade em reta, favorecendo Valtteri que largaria na posição número 3, a melhor naquele circuito, desde então os rumores da aceleração da inevitável entrada de um novo piloto em seu lugar vem crescendo principalmente após a corrida em Sakir onde George Russell superou Bottas em todos os sentidos. Candidato pela vaga não faltam o principal nome cotado e com rumores de sua entrada na equipe ainda este ano é Russel que levaria Valtteri novamente para a fraca Willams, o outro nome que seria mais desolador pro piloto finlandês é Stoffel Vandorme, piloto reserva da Mercedes visto por muitos como um prodígio mal aproveitado.

A corrida começa às 10h da manhã, com transmissão da Band. A corrida geralmente é parada porém tem tudo para ser diferente nessa temporada, já Lewis Hamilton e Max Verstappen lutam pela liderança do campeonato. Para conferir como foram as outras corridas até o momento, clique aqui.

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