Foto: Alessandro Dantas
Senadores se reúnem para votar em 58 novos requerimentos de pedidos de informação, quebras de sigilo, convites e convocações
Com o depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, sendo adiado para a próxima semana, à CPI da pandemia se reuniu nessa quarta-feira (23), às 9h30, para analisar 58 requerimentos. São eles pedidos de informação, de quebras de sigilo, convites e convocações.
O depoimento de Maximiano, que foi quem intermediou uma negociação bilionária do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin, acabou sendo adiado a pedido do próprio empresário, que alegou estar fazendo quarentena devido a uma viagem que fez para à Índia.
Como foi um aviso em cima da hora, não houve tempo para que fosse agendado um novo depoimento, o que restringiu a reunião desta quarta-feira apenas à análise dos requerimentos.
Entre os requerimentos, está em pauta a convocação de pessoas que estariam supostamente envolvidas na compra do governo de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, por R$ 1,6 bilhão.
A compra da Covaxin foi a mais cara das vacinas negociadas pelo governo federal, e a CPI investiga vários indícios de irregularidades na negociação envolvendo-as, sendo essa a única que teve um intermediário sem vínculo com a indústria de vacinas.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu, de forma unânime, negar ao Ministério da Saúde a autorização de importar e distribuir as doses da Covaxin.
Os requerimentos pedem para que sejam chamados para depor o ex-coordenador geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Lial Marinho, e a assessora especial da Secretaria do Governo, Thais Amaral Moura.
Também deve ser votado os requerimentos do vice-presidente da Comissão Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para chamar representantes do Facebook, do Google (que gerencia o YouTube) e do Twitter para à CPI.
Além desse, também será votado se será realizado uma conversa sigilosa com o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que afirmou durante seu depoimento que teria um “fato gravíssimo” a revelar sobre a intervenção do governo federal no combate ao coronavírus.