Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A conta de luz vai ficar mais cara a partir de julho. O valor da bandeira vermelha de R$ 6,24 sobe para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
Nesta terça (30) a a Agência Nacional de Energia elétrica aprovou reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2- uma cobrança adicional que é aplicada quando aumenta o custo de geração da energia. Com isso, a diretoria da Aneel optou por parcelar o aumento, repassando R$ 3 bilhões para o ano que vem.
O ministro Bento Albuquerque na segunda-feira (28), fez um pronunciamento na tv aberta afirmando que o país passa por crise hídrica e pediu uso “consciente e responsável” de água e energia por parte da população.
A partir de julho, a bandeira tarifária vermelha 2 passará a ter o novo valor, conforme informou a Aneel .
Outras bandeiras também sofreram reajustes, são elas :
•Bandeira amarela – passou de R$ 1,34 para R$ 1,874 por 100 kWh consumidos; e
•Bandeira vermelha 1 – passou de R$ 4,16 para R$ 3,971 por 100 kWh consumidos.
A bandeira verde não sofreu alterações até então.
O sistema de bandeiras foi desenvolvido em 2015 para sinalizar o custo na geração de energia e a bandeira fica verde quando os reservatórios estão com capacidade de produzir energia sem que haja acionamento de extra de usinas térmicas.
Na reunião em que foi discutido o aumento, o relator do processo, Sandoval Feitosa propôs que não houvesse o reajuste e sim atualização no valor da bandeira em 1,67%. O relator afirma que “A crise hídrica que vivenciamos não foi causada pelo consumidor. Mas esse mesmo consumidor será o principal responsável por sair dessa crise, seja pagando os custos ou economizando. Acho justo e legal que o consumidor participe dessa decisão. E ao arbitrarmos um valor agora, ele não participa dessa decisão”.
Porém o diretor geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que, se não houvesse o reajuste imediato, o déficit poderia atingir R$ 5 bilhões até o fim do ano, onerando ainda mais o consumidor. Pepitone teve seu voto acompanhado por outros três diretores da agência e apenas Sandoval discordou.