Ao vivo nas redes sociais o presidente fala sobre “Superpedido” que tem 45 signatários, e diz que só passará a faixa presidencial se haver voto impresso
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como de costume, fez uma live nas redes sociais nesta quinta-feira (1º) mesmo sob pressão e acusações de irregularidades na compra das vacinas Covaxin e Astrazeneca.
Durante a transmissão, o presidente minimizou “superpedido” entregue á Câmara esta semana, o documento tem apoio de 45 signatários e reúne provas e argumentos já apresentados em outros estimados 123 pedidos.
“Faltou vocês me trazerem aqui as acusações… Genocida… não usa máscara… coisa grave, hein? Não usar máscara, fez motociata. Super impeachment, hein? São pessoas que não têm o que fazer, né? Em vez de ajudar o Brasil, não têm o que fazer e ficam inventando essas questões aí” disse Bolsonaro.
Como funciona o processo de impeachment?
Segundo a Constituição, cabe à Câmara dos Deputados analisar se o pedido é aceito. O trabalho é feito por uma comissão especial e depois passa para o plenário, que para abrir o processo precisa de 342 votos favoráveis.
Depois, o pedido segue para o Senado que decidirá sobre o afastamento do presidente, só depois disto é analisada a solicitação que para ser efetivada precisa de 52 votos. A sessão deve ser presidida pelo presidente do STF que decide se o presidente da República deve ser cassado ou não.
Voto impresso
“Não vou admitir um sistema fraudável de eleições… Eu estou apresentando uma maneira de não termos como desconfiar dos resultados finais das eleições”, declarou o presidente em defesa do voto impresso.
O presidente voltou a defender o voto impresso, acusando as urnas eletrônicas de fraude mesmo sem ter nenhuma prova e já ter sido questionado quanto aos fundamentos de sua defesa.
Bolsonaro fala que se a PEC sobre do voto impresso – que tramita no Congresso Nacional – for aprovada e promulgada, o modelo será implementado nas próximas eleições de 2022. E criticou também o comportamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal sobre a realização de reuniões com lideranças partidárias para discutir o tema.
Segundo o STF, o ato é inconstitucional pois fere a liberdade e o sigilo do eleitor.