Foto: Reprodução/Sportv

Os assédios teriam ocorrido entre 2012 e 2015. O jornalista esportivo deixou a emissora carioca nesta quinta, 1, após duas décadas de contrato

De acordo com o site Notícias da TV, do portal Uol, o Grupo Globo responde na Justiça do Trabalho por um processo movido por uma ex-funcionária que acusa a emissora de ser conivente com assédio moral. O abuso teria sido praticado por Carlos Cereto, que anunciou a saída do canal esportivo da Globo na última quinta, 1°, depois de 20 anos na emissora. A ex-funcionária relata, no processo, que Cereto exigia que ela desse “voltinhas na Redação” para mostrar o corpo e pronunciava xingamentos. Os assédios teriam ocorrido enquanto Cereto foi chefe de redação em São Paulo, entre 2012 e 2015.

O site teve acesso ao processo em maio e os autos processuais contém relatos de que a ex-funcionária foi chamada de “incompetente, desqualificada e despreparada”. As denúncias foram confirmadas por três testemunhas.

O processo especifica que os casos ocorreram durante o período em que Carlos Cereto foi chefe de Redação do SporTV em São Paulo, entre 2012 e 2015. À época, a funcionária teria denunciado o fato para o RH da Globo, mas não obteve resposta por parte da empresa. Ela chegou a ser transferida de setor, mas voltou a ser chefiada por Cereto meses depois e ele deu continuidade aos atos de assédio. Em 1ª instância, a juíza Marisa Santos da Costa determinou que a emissora indenizasse a jornalista em cinco salários mínimos. 

Em nota enviada ao portal Notícias da TV, a Globo se manifestou sobre a demissão de Carlos Cereto e negou que tenha sido omissa sobre o caso de assédio moral contra a funcionária:

“A saída do jornalista foi uma decisão de gestão. Sobre as perguntas a respeito de compliance, a Globo não comenta assuntos da Ouvidoria, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e incentiva que qualquer abuso seja denunciado. Neste sentido, mantém um canal aberto para denúncias de violação às regras do Código de Ética do Grupo Globo”.

Em postagem feita nesta quinta-feira, 1, no Twitter, Cereto se despediu do Grupo Globo, onde trabalhou por duas décadas. Ao Notícias da TV, Cereto afirmou estar surpreendido pela exposição do caso e pediu que a reportagem procurasse a Globo, ré no processo. “Eu fui surpreendido com este material. Eu não sou réu da ação. A TV Globo, que é a ré, é quem tem que se manifestar”, declarou o jornalista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *