Foto: Reprodução / Ministério da Economia em Brasília
Ministro teria participado de reuniões e atuou para barrar dispositivo na medida provisória para aquisição de imunizastes.
A informação publicada pela Folha de S. Paulo, confirma que o ministro Paulo Guedes e sua equipe dificultou a compra de milhões de vacinas da Pfizer, em documentos encaminhamos à CPI da pandemia.
A ação de barrar o dispositivo na medida provisória que ajudaria na aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen fez com que a compra atrasasse mais de 8 (oito) meses desde a primeira proposta.
Guedes teria sido contrário à uma cláusula do contrato que autorizava a União a assumir eventuais riscos e custos de possíveis efeitos adversos da vacina. Esta fazia parte dos contratos da Pfizer com outros países também.
O Ministério da Economia negou qualquer envolvimento com as decisões de cláusulas, sendo convocado apenas na sanção da medida. Os documentos, porém, mostram a participação da pasta desde dezembro, quando ainda se discutiam estás cláusulas.
E mais, a participação de Guedes foi confirmada por Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Elcio Franco, ex-secretário-executivo da Saúde, ao prestarem seus depoimentos na CPI da Covid.
Para a Folha, o Ministério da Economia voltou atrás e confirmou a participação na fase final das discussões, mas negou fazer parte da autoria do texto da MP. Na mesma reportagem também negou que atuou com objetivo de barrar a compra ou que foi contrário às cláusulas retiradas do texto final.