Um espetáculo de ação que ignora agendas e resgata o melhor do cinema de entretenimento

Em uma fase em que o cinema hollywoodiano parece ter se rendido a discursos ideológicos e tramas “woke” desconectadas do público tradicional, Missão: Impossível – O Acerto Final surge como um verdadeiro alívio. Um filmaço, no melhor sentido da palavra. Tom Cruise mais uma vez entrega uma obra memorável, reforçando seu papel de salvador do blockbuster moderno e reafirmando o valor do entretenimento acima de tudo.

A trama é simples, direta e cumpre com precisão o que o público espera. No primeiro ato, o filme desacelera um pouco, com várias referências que agradam os fãs da franquia, mas isso logo é compensado: quando a narrativa engrena, ela simplesmente não para mais. É uma montanha-russa de ação impecavelmente coreografada e executada com maestria técnica.

O uso de efeitos práticos impressiona. As cenas de ação são filmadas com o máximo de realismo possível, quase sempre com os próprios atores em cena – uma escolha cada vez mais rara, mas que aqui faz toda a diferença. A computação gráfica aparece apenas para complementar o espetáculo, nunca para substituir a experiência física e visceral da ação real.

Outro acerto é o elenco, que é diverso sem cair no clichê da lacração. Um dos grandes destaques é a personagem Paris, que rouba a cena com sua força, beleza e humanidade. Ela brilha nas cenas de luta e ainda carrega um drama pessoal que acrescenta à narrativa, sem jamais desviar o foco da proposta principal do filme: entreter.

Um dos aspectos mais notáveis do longa é sua capacidade de nos fazer mergulhar em uma fantasia de ação sem culpa. É o famoso escapismo que tanto falta no cinema atual. Muitos críticos se prendem ao que o filme “deveria ser”, esquecendo o que ele realmente é – um espetáculo de ação com alma e respeito pelo público.

Tom Cruise, mesmo aos 62 anos, continua entregando tudo de si. Seu comprometimento com a franquia é evidente, e o carinho pelo personagem Ethan Hunt transborda em cada sequência. Não é exagero dizer que ele já se iguala a ícones como John Wick, Jason Bourne e James Bond, com a vantagem de ser um ator que está sempre disposto a se arriscar, literalmente, pelo bem do seu trabalho.

Em tempos de fracassos em série, impulsionados por roteiros engessados por ativismos, Missão: Impossível 8 se destaca como um triunfo do cinema tradicional. Um filme que coloca o espectador no centro da experiência, sem julgamentos, sem lições de moral, apenas com emoção e excelência.

Vale cada centavo do ingresso. Uma obra que deve ser vista no cinema, como manda o figurino.

*Título assistido em Cabine de Imprensa promovida pela Paramount Pictures Brasil e Espaço/Z.

Foto: Divulgação/

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal C+

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *