Foto: Nathália Rosa/Unsplash

Foto: Nathália Rosa/Unsplash

Dados revelam queda de preços na área de transportes. Mesmo com desaceleração, a taxa superou expectativas do mercado  

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, desacelerou e registrou uma alta de 0,58% em janeiro – valor inferior ao de dezembro (0,78%). Na taxa acumulada dos últimos 12 meses, o IPCA-15 totalizou 10,20%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Mesmo com a desaceleração do IPCA-15, a alta superou a projeção dos economistas consultados pela Refinitiv (empresa global que fornece dados sobre o mercado financeiro). Segundo o levantamento da instituição, a alta inflacionária esperada era de 0,43% e o valor acumulado anual de 10,04%. 

Recuos no transporte e nos combustíveis

O resultado foi impactado em grande parte pelo recuo na área de transportes (-0,41%), com a queda do preço da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%). Outros combustíveis também apresentaram variações negativas, como o etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%). 

Alimentos e bebidas continuam em alta

Apesar do recuo nos preços da área de transportes, todos os outros oito grupos de produtos e serviços analisados tiveram alta em janeiro. No grupo de alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio aumentou em 1,03%. Os produtos que lideraram a escalada de preços foram a cebola (17,09%), as frutas (7,10%), o café moído (6,50%) e as carnes (1,15%). 

Alguns alimentos registraram queda nos preços, já observada desde de dezembro, foram eles a batata-inglesa (-9,20%), o arroz (-2,99%) e o leite longa vida (-1,70%). 

A alimentação também acelerou (0,81%). O lanche que estava em queda de 3,47% registrou alta de 1,25% em janeiro e a refeição ficou com alta de 0,63% (inferior a dezembro que obteve resultado de 1,62%).

Saúde e cuidados pessoais

Em meio ao aumento de casos de coronavírus no Brasil, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,93%, puxada principalmente por itens de higiene pessoal (3,79%). Por outro lado, o plano de saúde teve recuo de 0,69%. 

Com a chegada da variante ômicron ao país, há uma tendência de que as ofertas de produtos fiquem restritas, o que deve causar uma pressão sobre os preços e a continuidade de uma inflação desafiadora para a economia brasileira. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *