Foto: Reprodução/ instagram: Luciano de Freitas Santoro
Elize foi condenada à 16 anos e três meses de prisão após matar seu marido Marcos Matsunaga
Na tarde de ontem (30), a justiça autorizou a liberdade condicional a Elize Matsunaga, que estava presa desde 2012 por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, no mesmo ano.
A informação veio quando seu advogado, Luciano de Freitas Santoro há buscou na penitenciária. A Secretaria que administra a penitenciária (SAP), informou que cumpriu o alvará de soltura de Elize devido ao livramento condicional. O recurso foi pedido à Justiça pela sua defesa e concedida pelo Departamento Estadual de Execução Criminal da 9ª Região Administrativa Judiciária, o Deecrim de São José dos Campos.
Agora, ela vai completar o restante do tempo de pena em liberdade, precisando cumprir algumas normas, como informar regularmente seu endereço e ocupação à Justiça.
Elize, num primeiro momento foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão, más o Supremo Tribunal de Justiça, em 2019, reduziu para 16 anos e três meses a pena.
História até o julgamento (2016)
Depois de sete dias, terminou na madrugada desta segunda-feira (5), o julgamento de Elize Araújo Matsunaga. Ela foi condenada a 19 anos, 11 meses e um dia de prisão, por ter matado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, em 2012.
A sentença foi proferida pelo juiz Adilson Paukoski, do 5º Tribunal do Júri da Justiça de São Paulo. Elize cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.
O júri acatou apenas um dos pedidos da acusação de qualificar o crime, a de que foi cometido sem chance de defesa da vítima. Os outros dois seriam motivo torpe e meio cruel.
Pelo crime de homicídio sem ter dado chance de defesa, Elize foi condenada a 18 anos e 9 meses. E a 1 ano, dois meses e 1 dia por ter destruído e ocultado o cadáver de Marcos Matsunaga.
O julgamento começou na segunda-feira (28) da semana passada, no Fórum da Barra Funda. Ainda em 2012, dias depois do crime, Elize Matsunaga confessou ter matado o marido, diretor executivo da indústria de alimentos Yoki. Ela justificou a atitude pelo fato de ter descoberto que Marcos tinha uma amante e afirmou que, após uma discussão, acabou atirando no marido.
Horas depois, desesperada por ter percebido a gravidade do que tinha feito, ela esquartejou o corpo do marido e espalhou as partes em vários pontos da cidade de São Paulo.
A defesa de Elize sustentou que ela não teve a intenção de matar. Já o Ministério Público e os advogados da família de Marcos Matsunaga argumentaram que o crime foi premeditado e que a ré tinha interesse na herança que seria deixada pelo executivo.
Elize volta ainda nesta segunda ao presídio de Tremembé, onde cumpre pena desde junho de 2012. Com Marcos Matsunaga, ela teve uma filha que hoje está com cinco anos. A menina é criada pelos avós paternos. A mãe foi proibida de ver a filha.