Foto destaque: Reprodução/Polícia Civil
Nos últimos dias em Edilândia próximo de Cocalzinho, Lázaro Barbosa, 32 anos, segue foragido, após assassinar três integrantes da mesma família, ainda sequestrou e estuprou uma vitima que teve seu corpo encontrado depois de alguns dias de buscas. Assim, mais de 400 policias estão na operação em busca do assassino. Mas, o que vale para ter audiência na tv? Alguns veículos de comunicação muito das vezes exageram em falar do caso para prender seu telespectador.
A escritora e criminóloga Ilana Casoy, explica sobre o interesses da população no Caso de Lázaro, que atrai visibilidade para mídia e redes sociais:
“Essa é a pergunta do milhão. Acho que a gente vive um medo muito grande alimentado pela pandemia. Vivemos sob o medo e essa é uma oportunidade onde projetar esse medo de um inimigo invisível. O Lázaro é uma coisa real e que está acontecendo, para onde é possível direcionar esse medo.” disse Casoy.
Ainda assim, segundo a criminóloga, a busca a Lázaro ainda não é longa para se tornar demorada, mas é acompanhada pelo público com se fosse um reality show, que não pode ser controlado como assistimos na mídias.
“A gente acompanha o noticiário como quem acompanha o Big Brother. O ‘maníaco do parque’ ficou 23 dias foragido após estuprar e matar uma série de mulheres. A gente acompanha esses casos porque sente ansiedade, preocupação e medo.” completou Casoy.
De acordo com Ilana Casoy, alguns veículos de imprensa atrapalham as buscas da polícia ao fornecer dicas para o individuo fugir do cerco. Tendo em vista que, recentemente, uma dona de uma chácara que foi invadida por Lázaro, afirmou que ele assistiu o noticiário, após ser ter se alimentado e tomando banho fugiu novamente para mata.
“Me assusta como a imprensa não se dá conta de como ela atrapalha a polícia. Ela sabe que Lázaro furta celulares e carregadores das vítimas e mesmo assim noticia a localização da polícia o dia todo. Como ele conhece a mata, vai ficar cada vez mais difícil encontrá-lo.”
No entanto, na última quinta-feira (24), foram prendidos dois homens, um fazendeiro e um caseiro suspeitos de ser comparsas de Lázaro. Sendo assim, foram autuados por porte de arma ilegal de armamento .22 com 50 munições.