Foto: Evaristo Sá/AFP
Presidente enfrenta 59% de rejeição do eleitorado brasileiro, 21 pontos percentuais a mais que seu principal adversário
Pesquisa Datafolha aponta que Jair Bolsonaro (sem partido) entra na corrida eleitoral à presidência de 2022 com a maior rejeição da história. No momento atual, 59% do eleitorado brasileiro declarou que não votaria “de jeito nenhum” em Bolsonaro. São 21 pontos percentuais a mais que o principal adversário do candidato na disputa: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 38%.
O índice negativo de Bolsonaro é o maior já registrado, dentre todas as disputas eleitorais para presidência ocorridas desde a redemocratização. Em 2018 – quando foi eleito presidente – Bolsonaro tinha um índice de 44% de rejeição, em contraste com 41% do seu adversário no segundo turno, Fernando Haddad (PT).
Na pesquisa anterior do instituto Datafolha, o ex-presidente Lula liderava as intenções de voto dos brasileiros, com índices entre 42% e 46%. Bolsonaro aparecia em segundo lugar, registrando entre 25% e 26% das intenções de voto. Se as eleições fossem hoje, a chance de reeleição de Bolsonaro seria quase nula.
Mas Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, afirma que pode haver uma mudança no quadro. Para Paulino, Bolsonaro poderia diminuir sua rejeição ao ampliar políticas públicas voltadas à população mais pobre.
“É um segmento numeroso, responsável numérico pela vitória de Bolsonaro em 2018, mas que foi abandonando essa opção e voltando para Lula ao longo da pandemia e das posturas do presidente”, afirmou o diretor à Folha de S. Paulo.