Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Outros nove governadores e seis prefeitos foram chamados para depoimento

Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia concordaram, na reunião dessa quarta-feira (26) a chamar para depor novamente o atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ex-ministro Eduardo Pazuello. Foi acordado também a convocação de Arthur Weintraub, ex-assessor de Jair Bolsonaro.
O presidente da CPI da Covid argumentou que o depoimento de Pazuello foi “hilária” e que, ao ser protegido por um habeas corpus onde poderia não responder questionamentos se considerasse que poderia se autoincriminar, o ex-ministro da saúde mentiu muito para os senadores.
“Ele [Pazuello] estava com um habeas corpus debaixo do braço, que permitia que ele falasse o que ele quisesse, que nada poderia acontecer com ele. Por isso que ele está sendo reconvocado, vai ser reconvocado na quarta-feira”, afirmou Osmar Aziz durante uma live realizada pelo Grupo Prerrogativas.
Segundo o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), foram encontradas 15 inconsistências, incluindo mentiras e contradições, no depoimento de Pazuello. Os senadores da comissão acordaram que o ex-ministro buscou preservar ao máximo o atual presidente da República.
“O Pazuello foi lá e defendeu Bolsonaro como se estivesse defendendo o filho dele. Talvez um pai não mentisse tanto pelo filho como o Pazuello mentiu pelo Bolsonaro”, disse Osmar Aziz.
Além disso, outros nove governadores e seis prefeitos vão prestar depoimento para à CPI. A decisão foi tomada como uma forma de acalmar os ânimos dos governistas que fazem parte da CPI. Houve uma discussão acalorada entre o presidente da CPI, Osmar Aziz, e o senador Eduardo Gisão, sobre a chamada dos prefeitos para depor no inquérito.

Os nove governadores chamados para a Comissão Parlamentar são Wilson Lima (AM), Ibaneis Rocha (DF), Waldez Góes (AP), Helder Barbalho (PA), Marcos Rocha (RO), Antonio Denarium (RR), Carlos Moisés (SC), Mauro Carlesse (TO) e Wellington Dias (PI) e Wilson Witzel, ex-mandatário do Rio de Janeiro, que sofreu impeachment neste ano.
Além deles, os prefeitos Edvaldo Nogueira Filho (Aracaju), Roberto Cláudio (Fortaleza), Clécio Luís Vilhena Vieira (Macapá), Geraldo Júlio (Recife), Socorro Neri (Rio Branco) e Eduardo Braide (São Luís) foram chamados para depoimento.

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