Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Marcellus Campêlo é investigado por supostas fraudes em contratação de hospital de campanha

A Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu, nessa terça-feira (15), o ex-secretário de Saúde do estado do Amazonas Marcellus Campêlo. Este foi o primeiro depoimento direcionado à conduta de estados e municípios sobre o uso de verbas federais destinadas à pandemia.

A crise da saúde pública que ocorreu no Amazonas e as mortes dos pacientes no estado pela falta de oxigênio é um dos objetivos da comissão, além de apurar as ações do governo federal e o repasse das verbas da União aos governos locais.

Sobre a falta de equipamentos durante o colapso no Amazonas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) questionou sobre a insuficiência dos itens básicos, e Campêlo afirmou que os problemas foram registrados “apenas entre os dias 14 e 15 de janeiro”.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) interrompeu a fala do ex-secretário, mostrando um vídeo de matérias jornalísticas onde provava que as falas de Campêlo estava errada.

Algumas dessas matérias, inclusive, mostrava imagens de mais de 10 dias depois do que foi afirmado pelo ex-secretário.

Durante seu depoimento, Marcellus Campêlo afirmou que o Estado recebeu Maya Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde, para discutir a situação da saúde local na época. Sobre isso, ele afirmou que Maya deu “ênfase” no uso do tratamento precoce, já comprovado sem eficácia. “Ela afirmou que adotasse”, comentou Campêlo, além de dizer que houve indicação para o uso da cloroquina e outros medicamentos que não tem comprovação científica.

O senador Otto Alencar (PSD-BA), afirmou que “com um militar da logística e um engenheiro, faltou oxigênio, faltou kit entubação, faltou medicamento, faltou EPI, faltou absolutamente tudo, só não faltou vergonha ao senhor e ao ministro da Saúde”, quando foi falado sobre colapso na Amazônia.

Marcellus Campêlo afirmou que teve a “humildade de dizer que fiz o que pude dentro da secretaria.

Trabalhei, me dediquei com as equipes de saúde para fazer o máximo possível para salvar o maior número de vidas”.

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