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Confira a lista dos pré-candidatos até agora, que ideais defendem para o Brasil e suas posições nas intenções de voto

Por: Ananda Barcellos

As eleições de 2022 prometem ser uma das mais acirradas da história do país.  Nessa última década, o Brasil vem enfrentado um momento muito singular em sua política, a polarização, alimentada pelas redes sociais e pela promessa de uma terceira-via que ainda não se mostrou 100% consolidada. Faltando pouco mais de cinco meses das eleições para a presidência, o mundo político está fervendo com os pré-candidatos, seus planos de governos, aliados, e possíveis outros nomes que ainda podem entrar no jogo.

Saiba quem são nomes que estão dentro da corrida eleitoral pela presidência e seus posicionamentos de campanha até o momento, em ordem de intenção de voto. Vale ressaltar que as estatísticas nesta matéria foram as que saíram nesta quinta (26) no DataFolha, as primeiras após as desistências dos pré-candidatos João Dória (PSDB) e Sérgio Moro (Podemos), portanto a comparação com os números anteriores (Lula 43% x Bolsonaro 26% no segundo turno) não é 100% precisa.

Veja sobre cada candidato:

Lula (PT)

O ex-presidente do Brasil encabeça a corrida, de acordo com a última publicação do DataFolha, o petista tem 48% das intenções de voto no primeiro turno. Diferente de um Lula que o Brasil já conheceu anteriormente, em 2022 o petista assumiu um tom mais moderado, inclusive chamando o seu antigo rival, Geraldo Alckmin (PSB), para a vice-presidência, fazendo um aceno para uma costura mais aberta com o centrão do que anteriormente.

Além disso, em sua campanha, Lula tem falado bastante sobre a revisão das novas leis trabalhistas, volta dos projetos para retirar o Brasil, mais uma vez, do mapa da fome, e investimentos em educação e saúde pública, tal como foram seus primeiros governos.

Jair Bolsonaro (PL)

O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), se encontra em segundo lugar nas útlimas estatísticas eleitorais, tendo 27% das intenções de voto. O presidente teve a reputação maculada pela conduta durante a pandemia, perdendo diversos apoiadores, como o próprio Dória, que estava em seu palanque em 2018.

Até o momento, Jair Bolsonaro ainda não apresentou formalmente nenhuma proposta de governo, mas o Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, já adiantou alguma das possíveis intenções do presidente, entre elas: Privatização das estatais, como a Petrobrás, Reforma tributária e o “Desenvolvimento econômico da Floresta Amazônica”. Pelo presidente ainda não ter se posicionado oficialmente, suas intenções para um possível segundo mandato seguem em especulação.

Ciro Gomes (PDT)

Com 7% das intenções de voto, Ciro Gomes tem sido uma figura polêmica no jogo eleitoral de 2022. Seu partido, PDT, assumiu um tom moderado, inclusive se unindo com o partido de Alckmin (PSB) para governar diversas capitais em 2020. Ciro Gomes, porém, não assumiu o tom do partido, fazendo manchetes  polêmicas com suas declarações tanto sobre Bolsonaro, quanto Lula. Além disso, Ciro aparece como uma figura do centrão, com as seguintes propostas: Reflorestamento, investimento na remuneração de professores, combate à crime organizado e milícia.

André Janones (Avante)

André Janones ainda não apresentou oficialmente suas propostas de governo. Com 2% das intenções de voto, os ideais do pré-candidato podem ser especulados por seu histórico de votação na Câmara enquanto parlamentar. André votou contra o aumento do Fundo Eleitoral e a PEC dos precatórios, defendeu a manutenção do auxílio emergencial de R$600,00 e a implementação de um programa de renda mínima para atender a população carente, tendo como uma das prioridades o combate à desigualdade social e a fome.

Simone Tebet (MDB)

Com 2% das intenções de voto, a emebedista também ainda não se posicionou oficialmente sobre suas intenções de governo, mas afirmou em suas redes ser a favor de um programa de concessões em infraestruturas e parcerias público-privadas. Tendo um viés mais similar ao centrão, ela defendeu a Reforma Administrativa e a Tributária e também a univerzalização da educação infantil. Entre outras de suas pautas, está a defesa do desenvolvimento do agronegócio.

Pablo Marçal (PROS)

Marçal tem 1% das intenções de voto, entre suas pautas estão:  Investimento em fontes de energia limpa, como eólica e solar, aumento de taxa de reciclagem, criação de Ministério da Mulher, combate ao trabalho análogo à escravidão, renda mínima para pessoas em situação vulnerável.

Vera Lúcia (PSTU)

Vera Lúcia se posiciona por pautas mais voltadas ao social, como o acesso livre ao ensino superior, investimento em verbas para educação, auxílio-emergencial para sub e desempregados, aumento do salário mínimo e fim da precarização de tercerizações. A pré-candidata, até o momento, tem 1% das intenções de voto.

Eymael (DC)

O famoso diplomata cristão, Eymael, ficou abaixo de 1% nas intenções de voto. Suas propostas pouco mudaram desde a última vez que ele concorreu (2018), entre elas, estão: Diminuição do custo do crédito para o setor produtivo, investimento em moradia para população carente, apoio ao agronegócio, e ressocialização de pessoas que passaram pelo sistema penitenciário.

Felipe D’Ávila (Novo)

D’Àvila também não alcançou 1% das intenções de voto. Alguma de suas propostas são: Investir em tecnologia carbono neutro e inovação energética, abertura econômica unilateral e revisar política tributária.

Leonardo Péricles (UP)

Péricles defende a suspensão do pagamento da dívida pública, a taxação de grandes fortunas, o fim do teto de gastos em Saúde e Educação, a revogação da reforma trabalhista e da previdência e a reestatização de empresas privadas. O pré-candidato também ficou abaixo de 1% nas intenções de voto.

Sofia Manzano (PCB)

Mazano também não alcançou 1% das intenções de voto. A pré-candidata defende a estatização do setor privado e transportes públicos, a ampliação da rede assistencial, a reestruturação de dívidas  internas, o fim da polícia militar e a taxação de grandes fortunas.

Luciano Bivar (UB)

Bivar, que também ficou abaixo de 1% nas intenções de voto, ainda não apresentou oficialmente suas propostas, mas já declarou publicamente ser a favor da “defesa do estado de direito e das instituições”. Além disso, o pré-candidato se posicionou a favor do financiamento público para campanhas eleitorais, a um sistema de identificação por digital e a descentralização de politicas sociais de combate à pobreza.

DataFolha

Divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo” a nova pesquisa do Datafolha saiu nesta quinta (26). Esta foi a primeira pesquisa desde  a desistência dos candidatos João Dória (PSDB) e Sérgio Moro (Podemos). Além disso, o Datafolha destacou que esses números não podem ser comparados com os anteriores, por causa da saída dos dois candidatos com uma quantidade significativa de intenção de voto. A pesquisa ouviu 2.556 pessoas nos dias 25 e 26 de maio em 181 cidades do país.

De acordo com os números, considerando apenas os votos válidos, se as eleições fossem hoje, o candidato Lula (PT) venceria no primeiro turno, com 54% das intenções de voto, contra 33% de Bolsonaro (PL). A pesquisa ressalta sua margem de erro, 2% para mais ou para menos, em todos os cenários. Confira os números na íntegra:

Primeiro turno

Lula (PT)- 48%

Jair Bolsonaro (PL)- 27%

Ciro Gomes (PDT)- 7%

André Janones (Avante)- 2%

Simone Tebet (MDB)- 2%

Pablo Marçal (Pros)- 1%

Vera Lúcia (PSTU)- 1%

Em branco/ Nulo- 7%

Não sabe/ Não quis informar- 4%

Não pontuaram: Felipe d’Àvila (Novo), Leonardo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (UB), Eymael (DC) e General Santos Cruz (Podemos), que entrou no lugar de Moro.

Segundo turno

Cenário Lula X Bolsonaro

Lula (PT)- 58% (55% na pesquisa anterior)

Bolsonaro (PL)- 33% (34% na pesquisa anterior)

Branco/Nulo- 8% (10% na pesquisa anterior)

Não sabe/ Não quis informar- 1% (1% na pesquisa anterior)

Votos válidos

Lula (PT)- 54%

Bolsonaro- 33%

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