Foto: Angela Weiss/AFP
Andrew Cuomo foi acusado por pelo menos 11 mulheres, segundo investigação da procuradora-geral do estado
O agora ex-governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, anunciou nessa terça-feira (10), que vai deixar o cargo após o escândalo de denúncias de assédio que ele vem recebendo.
Ele está sendo investigado pela Procuradoria-geral de Nova Iorque por ter supostamente assediado sexualmente 11 ex-funcionárias.
A atual procuradora-geral do Estado, Letitia James, divulgou no último dia 3 de agosto um relatório de 168 páginas sobre o comportamento inadequado do ex-governador com algumas colegas de trabalho.
As denúncias diziam que Andrew Cuomo fazia comentários obscenos, beijava ajudantes na boca e tocava mulheres sem seu consentimento. Sobre isso, o democrata afirmou que sempre foi “muito informal com as pessoas”. “Abraço e beijo as pessoas casualmente, as mulheres e os homens. Fiz isso por toda a minha vida”, afirmou Cuomo.
“Na minha cabeça, nunca cruzei a linha com ninguém. Mas não percebi até qual ponto a linha foi desenhada”, disse.
Cuomo chegou a fazer um pronunciamento ao vivo onde ele negou todas as acusações que sofreu, mas assumiu “toda a responsabilidade”.
A situação ficou ainda mais delicada para o democrata no último dia 8, quando sua secretária, Melissa DeRosa, pediu demissão ao alegar assédio. Ela foi descrita por muito tempo pela imprensa de Nova Iorque como uma das confidentes mais próximas de Cuomo.
Em sua carte de demissão, DeRosa afirmou que os últimos dois anos foram “duros, emocional e mentalmente”. Melissa era a secretária dele desde 2017.
O presidente Joe Biden chegou a pedir a renúncia do governador há uma semana, mas ele se recusou. Agora ele afirmou que, dada as devidas circunstâncias, é melhor que ele dê um passo pro lado para deixar que o governo volte a governar. Sua renúncia será efetiva em 14 dias, e será substituído pela vice-governadora Kathleen Hochul, também democrata.