Foto: Eva Elijas

Seguindo tendência de escalada de preços na pandemia, inflação brasileira acelera para 1,16% em setembro

A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou no mês de setembro e atingiu a taxa de 1,16%, a mais alta na história do país para este período desde a implantação do Plano Real em 1994 – ano em que o índice inflacionário atingiu a taxa de 1,53%.

Devido ao índice de setembro, o país registrou uma alta de dois dígitos, com 10,25%, na inflação acumulada em 12 meses – o que não ocorria desde o período da crise econômica de 2016, quando o indicador inflacionário era de 10,36%.

A escalada de preços tem sido uma tendência nos indicadores econômicos do Brasil durante a pandemia: primeiro com o aumento do preço dos alimentos e depois com o dos combustíveis.

Em setembro, o principal grupo afetado pela inflação foi o de Habitação (2,56%) por conta da disparada do preço da energia elétrica, ocasionada pela crise hídrica e pela bandeira tarifária de escassez hídrica, que entrou em vigor no referido mês e acrescentou R$14,20 nas contas de luz a cada 100 kWh consumidos.

Para controlar a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) aumentou a taxa básica de juros, a Selic. Junto aos índices elevados de desemprego e ao comprometimento da renda familiar pela pandemia, o aumento da taxa de juros tende a prejudicar o consumo das famílias brasileiras e o acesso a crédito para investimento nas empresas.

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