Foto: REUTERS/Antonio Bronic

Após o pronunciamento de Vladmir Putin, que deu início à operação militar russa, comunidade internacional reage aos ataques à Ucrânia

Em pronunciamento transmitido para toda a cadeia de televisão da Rússia, que deu início à operação militar especial de ataque à Ucrânia, o presidente Vladimir Putin enviou um recado para a comunidade internacional. 

Putin alertou para as consequências caso outros países interfiram na ação referida pelo líder russo como operação de “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia. 

Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”.

Os ataques e a invasão ao território ucrâniano geraram reações imediatas de figuras da comunidade internacional.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a invasão e declarou que “a Rússia sozinha será a responsável por perdas catastróficas de vidas perdidas e sofrimento humano”. Biden também afirmou que irá organizar, em conjunto com a Otan, uma operação coordenada de resposta “unida e forte” à Rússia. 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, declarou que o país irá responder aos ataques russos “à altura” e solicitou uma reunião urgente com os líderes da Otan. O premiê declarou que “a ação militar é uma catástrofe para o nosso continente” e avaliou que o “presidente Putin escolheu um caminho de derramamento de sangue e destruição ao lançar este ataque não provocado à Ucrânia”.

Em pronunciamento feito na manhã de hoje (24), após os primeiros ataques, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a organização condena a invasão, a qual classificou como “uma grave violação ao direito internacional” e “uma agressão a um país independente e pacífico”.  Stoltenberg também reafirmou que a Otan está pronta para proteger seus aliados. 

A União Européia (UE), por meio de pronunciamento da chefe da Comissão Executiva do bloco, Ursula Von der Leyen, também criticou a invasão. Ursula destacou que Moscou será responsabilizado pelo ataque injustificado à Ucrânia e falou em “sanções massivas e estratégicas” contra o governo de Vladimir Putin.

Pelas redes sociais, o presidente francês, Emmanuel Macron, condenou “fortemente a decisão da Rússia de iniciar a guerra com a Ucrânia” e apelou para que o país encerre as operações “imediatamente”.

Outros países  

Já o ministro da Imigração da Bélgica, Sammy Mahdi, solicitou que a União Européia pare de emitir vistos para todos os cidadãos russos em resposta aos ataques. “No momento, os russos não são bem-vindos aqui, uma proibição geral de visto para russos não deve ser um tabu”, afirmou Mahdi. A decisão também afetaria estudantes, turistas e trabalhadores.

Os países vizinhos à Ucrânia e membros da UE já se preparam para receber refugiados ucranianos. Projeção apresentada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, estimou que a guerra pode provocar o deslocamento de até cinco milhões de refugiados. 

A Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, já expressou apoio e disposição a ajudar os refugiados. O ministério do Interior polonês anunciou que o país “está se preparando para vários cenários relacionados à situação de tensão” entre as duas nações.

O ministro da Defesa da Eslováquia, Jaroslav Nad, também anunciou que o país já se prepara para enfrentar a “possível pressão de refugiados” que requisitarem asilo. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou que os órgãos responsáveis da Hungria estão se preparando para a possibilidade de receber cidadãos ucrânianos. 

Desde o início dos bombardeios e invasões, ucranianos têm buscado diversas formas de saírem das cidades mais afetadas pelos ataques ou até mesmo do país. Aeroportos, estações de trem e ônibus já registram grandes filas. As estradas também apresentam grandes congestionamentos. Filas se formam em caixas eletrônicos, mercados e farmácias na Ucrânia. O espaço aéreo ucraniano também foi fechado após os ataques. 

Foto: The New York Times/Emile Ducke

Foto: REUTERS/Pavlo Palamarchuk

Foto: flightradar24.com/via REUTERS

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