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Conheça o empresário Carlos Wizard, empresário brasileiro investigado da CPI da Covid
Nascido em Curitiba em 1957, Carlos Wizard Martins é conhecido por ser fundador da rede de ensino de idiomas Wizard, empresa vendida para a britânica Pearson por 2 bilhões de reais. Ele conta que teria aprendido o método de ensino usado nestas escolas na Igreja dos Santos dos Últimos Dias, da qual é seguidor. Wizard comprou outras empresas de educação, criando o Grupo Multi, e, conforme noticiou o jornal Valor, decidiu vender o negócio para o grupo britânico Pearson, por R$ 1,95 bilhão, em 2013
Ele criou então uma gestora de investimentos, a Sforza, à frente da qual também estão dois de seus seis filhos, Charles e Lincoln. A gestora tem em seu portfólio negócios como as redes Mundo Verde, KFC e Pizza Hut, além de empresas de educação, esportes e serviços financeiros, entre outros.
É uma das 14 pessoas oficialmente investigadas pela CPI e foi convocado a depor após defender o uso da cloroquina contra a covid-19 e outros medicamentos sem que houvesse eficácia científica comprovada. Wizard também disse ser contra o isolamento social e afirmou que seriam ineficazes e teriam impactos negativos na economia. “Todos os estudos indicam que o lockdown, por si só, não reduz o número de óbitos”, afirmou à revista IstoÉ em agosto do ano passado.
Ele não possui formação na área da saúde sendo graduado em ciência da computação e estatística em uma universidade dos Estados Unidos, onde morou e se apoiava num conselho de especialistas que o próprio formou.
Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde, é amigo próximo de Carlos Wizard. Segundo o general, ele conheceu o empresário em 2018, durante uma operação realizada em Boa Vista, em Roraima, para receber imigrantes venezuelanos que chegavam ao Brasil fugindo da crise em seu país.
Pazuello coordenou estes esforços em Roraima. Wizard e sua mulher, que são mórmons, atuaram por dois anos em atividades sociais para acolher os venezuelanos no Estado. O empresário e o ex-ministro se tornaram amigos por causa disso. O ex-ministro afirmou em depoimento sua relação, no qual recebia conselhos do empresário e contou que chegou a oferecer um cargo no Ministério para Wizard, mas ele negou o convite e preferiu continuar atuando de forma paralela em um conselho que estudava estratégias de combate à pandemia juntamente com o Ministério da Saúde.