Foto: Divulgação/Universal Pictures Brasil.

Uma Noite de Terror Animatrônico que Supera Todas as Expectativas

Em um ano marcado por produções de terror, “Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim” se destaca como uma grata surpresa, apresentando uma abordagem única e envolvente. Antes mesmo da estreia, minha expectativa era limitada ao conhecimento prévio de que se tratava da adaptação cinematográfica do popular jogo indie lançado em 2014. No entanto, o filme ofereceu muito mais do que eu antecipava.

O enredo, desenvolvido por Scott Cawthon, Seth Cuddeback e Emma Tammi, gira em torno de Michael “Mike” Schmidt (Josh Hutcherson), que, motivado pela responsabilidade de cuidar da irmã mais nova, Abby (Piper Rubio), assume o papel de vigia noturno em uma pizzaria fechada há uma década. A trama se desenrola com uma atmosfera de mistério, vinculando a locação a desaparecimentos de crianças nos anos 1980.

A simplicidade aparente do trabalho de Mike, monitorando os monitores internos durante seus turnos noturnos, rapidamente se torna um desafio assustador quando figuras animatrônicas, outrora adoráveis, revelam um lado sombrio. Freddy, Bonnie, Foxy, Chica e Cupcake assumem uma aura sinistra, transformando-se em supostos assassinos que ameaçam a segurança de Mike.

A trama se desenrola com maestria, explorando elementos do jogo e adicionando camadas emocionais à história, como a relação entre Mike e sua irmã. Elizabeth Lail, no papel da policial Vanessa Shelly, adiciona uma dimensão intrigante ao enredo, mantendo o público envolvido e curioso.

Destacam-se três aspectos notáveis no filme. Em primeiro lugar, a escolha de efeitos práticos, utilizando bonecos animatrônicos em tamanho real da Jim Henson’s Creature Shop, contribui para uma atmosfera autêntica e arrepiante. Em segundo lugar, a trilha sonora, que mistura composições incidentais dos talentosos The Newton Brothers com clássicos das décadas de 1980 e 1990, cria uma atmosfera sonora envolvente e memorável.

Por fim, a habilidade de Marc Fisichella e Claire Sanchez em recriar com perfeição a ambientação de uma época pré-internet, celulares e redes sociais é notável. A ausência desses elementos modernos adiciona uma camada de nostalgia e autenticidade à experiência cinematográfica.

Ao final da projeção, fica evidente que “Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim” não apenas atende, mas supera as expectativas. Se a intenção era agradar tanto aos fãs do jogo quanto a um público mais amplo, o filme certamente alcança esse feito. A sensação de que uma sequência é não apenas possível, mas desejada, é reforçada, proporcionando uma promissora perspectiva para o futuro da franquia. Vale a pena destacar a inclusão de uma cena pós-créditos, adicionando um toque adicional à experiência.

*Título assistido em sessão regular de cinema

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