Foto: Courtesy of Atlantic Records

O 3° álbum da carreira de Melanie foi lançado no dia 31 de março de 2023

Nesta quarta-feira (06), a cantora Melanie Martinez lançou a versão DELUXE de seu mais novo e terceiro álbum de estúdio “PORTALS”. Nas músicas, é possível notar a liberdade criativa que Melanie buscava.

Quem conhece a artista por mais tempo sabe que o início de sua carreira se deu por conta de sua apresentação impecável no programa The Voice. O doce e aveludado som de sua voz fez com que uma base de fãs internacionais ficassem apaixonados por Melanie. Desde então, a cantora encarnou Cry Baby, personagem que representa sua infância e pré-adolescência.

No primeiro álbum da carreira da artista “Cry Baby”, vemos os desafios da juventude de Melanie, através de críticas sociais irônicas.

Em 2019, Melanie lança o longa-metragem “K-12”, onde uma garota e sua melhor amiga embarcam em uma missão para derrubar o sistema escolar opressivo de sua escola com a ajuda de amigos mágicos que encontram ao longo do caminho. Escrito e dirigido pela artista, o filme estrelado por Melanie possui todas as músicas de seu segundo álbum de estúdio “K-12”, de um jeito criativo e narrativo.

Nessa nova era a artista é algoz e procura se desvencilhar de sua personagem Cry Baby. Já no primeiro single e clipe do álbum “DEATH”, Melanie mata e enterra sua persona anterior, em seguida renasce e conquista sua própria liberdade.

Com várias camadas de voz, ousadia e batidas fortes, o “PORTALS” veio para marcar a nova era da artista e fazer com que o público coloque um ponto final nas histórias contadas pela Cry Baby. O C+ separou algumas faixas marcantes do novo álbum de Melanie Martinez para você ouvir, as faixas são acompanhadas dos significados explicados pela cantora Confira!

THE CONTORTIONIST
"Eu nunca vou me esquecer dos sorrisos intensos que eu e CJ sentimos quando criamos essa música. Um momento real de colaboração onde ambos sentimos um estalo em nossas antenas, como uma chamada de telefone bem alta. Uma grande parte do nosso processo era criar as músicas e depois escolher as nossas favoritas, aí entrando na cabine de gravação e criar as melodias na hora, costurando os melhores momentos juntos, depois eu ficava andando em volta da piscina escrevendo a letra que se encaixassem no ritmo. As risadas descontroladas que você escuta são dos takes que eu fiz. O conflito dessa música é sobre como você se desdobra para pessoas que não te aceitam como você é".
TUNNEL VISION

“Escrevi essa quando estive no Havaí em fevereiro de 2021 com o Kinetics & One Love. Nós estávamos cercados por rãs coqui, o som da chuva batendo no telhado, uma conexão pura. Eu queria fazer uma música que falasse sobre o estágio de passar por um túnel de cantigas familiares e imagens que tornassem a transição para o outro lado mais fácil, e ao mesmo tempo escrever algo que tivesse múltiplos significados, para que as pessoas pudessem se identificar em mais de um só jeito. Essa faixa vazou no mesmo ano quando hackearam um drive, tomou tudo em mim para não descartar essa música. Mas eu não consegui escrever uma música melhor sobre esse túnel, logo a canção permaneceu”.

BATTLE OF THE LARYNX

“Essa foi a última música que eu fiz para o álbum. Foi em maio do ano passado, eu voltei pro Havaí para a mesma casa que escrevi “TUNNEL VISION”, e o CJ me acompanhou trazendo a última celebração nas últimas sessões antes de declararmos o álbum como finalizado. Eu peguei meu violão e escrevi essa música rapidamente do lado de fora da casa. E então o CJ adicionou camadas de magia na produção, como ele sempre faz. Rhys gravou os toques de bateria um pouco depois. Criando esse momento de urgência, tornando o assunto da música ainda mais necessário. Eu escrevi essa sobre o conflito entre dois tipos de pessoas, uma que grita um monte de baboseiras bem alto tentando intimidar os outros, já no outro lado, temos a pessoa que pensa bem antes de usar as suas palavras e as diz com calma, mas com ênfase para deixar seu ponto bem claro“.

VOID

“Essa foi a primeira música que eu produzi completamente sozinha, e também foi no meu quartinho dos portais. A primeira coisa que eu fiz foi criar uma batida com o baixo. Foi a exata melodia de uma gravação de voz que eu havia feito dias antes. A melodia do refrão e as letras vieram de uma só vez depois de eu criar esse looping. Eu também fiz um looping simples de bateria, que depois foi substituído na mixagem pelo Rhys Hasting. Eu me lembro de gritar o refrão enquanto chorava. Senti como se fosse um peso sendo levantado em cima da minha ansiedade, do meu cérebro, e se encaixou perfeitamente no segundo estágio. Um abismo. Um lugar escuro onde você é deixado sozinho com seus pensamentos introspectivos, para que você encontre uma luz dentro de si mesmo”.

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