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Pesquisa da PUCPR analisou a variação de 13 alimentos que compõem a cesta básica
A inflação dos alimentos da cesta básica chegou a 12,67% nos últimos meses – até fevereiro – superando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que atingiu os 10,54% no mesmo período. Os dados são da pesquisa produzida pelo curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
O trabalho analisou a variação de 13 alimentos que começaram a ser acompanhados pelos pesquisadores em setembro de 2021, quando a inflação da cesta básica chegou a 15,96% em comparação a 10,25% do IPCA. Nos meses seguintes, houve uma reversão do cenário, mas agora os valores voltaram a subir.
Alimentos com as maiores altas
Os alimentos analisados são os que integram o próprio IPCA, levantamento realizado pelo IBGE. Também foram levados em conta os preços do cenário nacional.
A batata-inglesa (23,49%) e o feijão-carioca (4,77%) registraram as maiores altas de preços. Em relação aos últimos 12 meses, o café em pó teve alta de 61,19% e o açúcar cristal de 36,60%.
Capital com maior inflação
Segundo a análise da PUCPR, Curitiba teve a maior alta de preços entre as capitais brasileiras, com um índice de 14,10% até fevereiro – valor maior que a média nacional.
Salário mínimo insuficiente
Apesar dos aumentos de preços, o salário mínimo não tem acompanhado essa escalada. No Brasil, o salário mínimo é referência para mais de 50 milhões de brasileiros. Dentre os quais, 24 milhões são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS).
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a desigualdade entre o valor real e o valor necessário do salário mínimo é de quase cinco vezes menor. Em 2022, o valor está fixado em R$ 1212,00. Segundo o Dieese, o mínimo necessário para atender às necessidades básicas do cidadão brasileiro seria R$ 6012,18.