Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Ex-ministro Ernesto Araújo e Maya Pinheiro também estão na lista
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia aprovou, nesta quinta-feira (10) uma extensa lista de requerimento da quebra de sigilos telefônicos e telemáticos, incluindo do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo.
Também foram alvos dos requerimentos a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Maya Pinheiro, o assessor internacional da Presidência da República Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard e o virologista Paolo Zanotto. Os dois últimos, inclusive, faziam parte do possível “gabinete paralelo”, que auxiliaria o presidente Jair Bolsonaro sobre as decisões feitas para combate à pandemia.
Durante a votação o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentaram voto contra a quebra de sigilos. O que acarretou uma discussão durante a reunião.
O presidente da CPI, Omar Aziz, afirmou que “o senador Marcos Rogério quer é tentar confundir”. Afirmando que a decisão de quebra de sigilo já tinha sido tomada e que ele “já perdeu”.
Quanto a isso, o senador afirmou que “quem está perdendo é o Brasil”. A partir disso, tanto o senador Omar Aziz quando o senador Randolfe Rodrigues apontaram para a placa de números de mortes por Covid-19 que Randolfe usa no lugar de sua placa de identificação e afirmaram que quem perderam foram eles. “Olha aqui quem perdeu. 496 mil vidas. (…) É isso que o Brasil perdeu.”
Depois que os ânimos se acalmaram, Omar Aziz afirmou que “os requerimentos estão, devidamente, fundamentados (…) Se houver qualquer excesso, os interessados podem recorrer ao Judiciário.”
Até o momento, os seguintes nomes entraram com Mandados de Segurança no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspensão da decisão feita pela Comissão que determino a quebra de sigilo telefônico e telemático: Zoser Plata, Advogado de Eduardo Pazuello; Maya Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde; Helio Neto, atual secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde; Ernesto Araujo, ex-chanceler;