De acordo com o co-fundador, a série contará com oito episódios nessa temporada.
[Esta matéria contém spoilers!] Com quase dois anos de estreia, A Casa do Dragão (Título original: House Of The Dragon) retorna para o streaming com a segunda temporada cheia de dragões, cenas picantes, novos personagens e mais conflitos. De acordo com o Internet Movie Database, mais conhecido como IMDb, o primeiro episódio recebeu nota 8,4. Vale lembrar que o último episódio da primeira temporada, lá em 2022, chegou a 9,3.
Comandada por Ryan J. Condal, showrunner e co-criador da série, a segunda temporada de A Casa do Dragão contará com oito episódios, que vão ao ar aos domingos, às 22h, no Max (antiga HBO Max).
É possível ver que a grande produção e o roteiro tentam seguir os mesmos passos do grande sucesso que Game Of Thrones foi. O primeiro episódio, inclusive, já veio com um dos momentos mais esperados para os fãs dos livros de George R.R., o episódio em que Sangue e Queijo entram em ação para pôr em prática a vingança de Daemon (Matt Smith).
Apesar do enredo chocante, a série veio com uma adaptação bem diferente dos livros. Para entender melhor: No episódio “Um Filho Por Um Filho” (Título original: Son for a Son), Sangue (Sam C. Wilson) – um agente traidor da Guarda Real, e Queijo (Mark Stobbart), um caçador de ratos, foram ao castelo matar Aemond (Ewan Mitchell) – responsável pela morte de Lucerys (Elliot Grihault).
Durante o plano, comandado por Daemon, Sangue e Queijo não encontram o príncipe que deveria ser executado e resolvem por pressionar a rainha Helaena (Phia Saban) para indicar qual dos gêmeos era o verdadeiro herdeiro do trono. Jaehaerys é degolado e a rainha corre ao encontro de Alicent (Olivia Cooke) para dar a notícia. Nem vamos citar o quanto Alicent estava ocupada no momento com Criston Cole (Faben Frankle).
No livro, Sangue e Queijo colocam Helaena e Alicent como reféns e fazem com que a rainha escolha qual dos filhos deve ser assassinado. Helaena escolhe então Maelor – o caçula, que ainda não existe na série, para que a linhagem não seja quebrada, mas mesmo assim Sangue e Queijo acabam com a vida de Jaehaerys.
O site The Hollywood Reporter perguntou ao showrunner da série o motivo das mudanças. De acordo com Ryan Condal, as mudanças foram necessárias para mudar o personagem cujo ponto de vista era mostrado.
“Os filhos de Rhaenyra e Daemon são muito mais novos do que eram no livro, assim como os filhos de Helaena e Aegon. Eles não estão juntos há tempo suficiente para terem duas gerações de filhos. Então Maelor ainda não existe e só temos os gêmeos”, explicou sobre o trecho da escolha da vítima.
Em relação às outras mudanças, Condal disse: “Queríamos apenas tentar fazer de Sangue e Queijo uma sequência visceral de televisão. Decidimos contar do ponto de vista deles e fazer com que parecesse um assalto que deu errado. No livro, é retratado puramente da perspectiva de Helena e Alicent. Sangue e Queijo encontram Helena, e ela é uma espécie de terceiro ato da história deles”.
Comparação com Casamento Vermelho
Para boa parte dos espectadores, o Sangue e Queijo foi um dos fatos que desencadeou a “Dança dos Dragões” (guerra) entre os Verdes (#TeamAlicent) e os Pretos (#TeamRhaenyra). A morte brutal do pequeno príncipe foi comparada ao episódio brutal de Game Of Thrones, o Casamento Vermelho.
O Casamento Vermelho foi um ponto de virada para Game of Thrones em mais de uma maneira. Matou vários personagens-chave e com eles terminando longas tramas. O episódio chegou a 9,9 de acordo com a pontuação do IMDb.
A série saiu de uma média de pouco menos de cinco milhões de espectadores por episódio na terceira temporada para quase sete milhões na quarta temporada; o Casamento Vermelho reverberou em torno da internet, tornando-se uma experiência cultural compartilhada.
Foto: Max/Divulgação.