Foto: Pixabay

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Apesar de desacelerar em relação a dezembro, IPCA atingiu a maior taxa para janeiro desde 2016

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), parâmetro da inflação oficial do país, desacelerou pelo 3º mês consecutivo. Mesmo assim, a taxa de 0,54% para janeiro foi a maior registrada no mês desde 2016 – ocasião em que o IPCA estava em 1,27%.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9). O resultado de janeiro teve impacto especial pela alta dos preços de alimentos (1,11%) e pelo recuo na área de transportes, com a queda nos preços da gasolina (-1,14%), do etanol (-2,84%) e das passagens aéreas (-18,35%).

Em relação a dezembro, houve uma queda na taxa que passou de 0,74% para 0,54%. Mesmo com a desaceleração, o IPCA acumula alta maior em relação ao ano passado.

Inclusive, nos últimos 12 meses, o indicador demonstrou alta de 10,38%. Nos 12 meses anteriores, a inflação acumulada era de 10,06%. 

A meta inflacionária para 2022 é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 2% a 5%. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa do mercado é de que o teto seja ultrapassado e o ano termine com a taxa em 5,44%. 

Altas em janeiro 

A maior variação registrada na pesquisa veio dos artigos de residência (1,82%), em especial eletrodomésticos e equipamentos (2,86%), seguidos de mobiliário (2,41%) e TV, som e informática (1,38%). 

Mas o grande fator para a pressão inflacionária foi o aumento dos preços de produtos de alimentação e bebidas (1,11%), com o maior impacto no índice mensal (0,23 ponto porcentual). A alimentação em domicílio influenciou a alta (1,44%). 

Recuos em janeiro

A desaceleração da taxa em janeiro se deve em grande parte aos custos de transportes que diminuíram 0,11% após aumentarem 0,58% em dezembro. Os preços dos combustíveis caíram em 1,23%. 

A gasolina, o etanol e o gás veicular registraram quedas e o único combustível com aumento foi o óleo diesel (2,38%).

Além disso, o reajuste de preço do diesel e da gasolina (realizado pela Petrobras em janeiro) e a alta do preço internacional do barril de petróleo devem manter viés de alta para os preços de combustíveis no Brasil.

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