Tomando posse nesta quarta-feira (04/06), novo presidente é advogado, ex-operário e sobrevivente de tentativa de assassinato
Foto de capa: AFP
Nesta terça-feira (03/06), sul-coreanos escolheram o novo presidente para liderar uma das economias mais poderosas da Ásia, a Coreia do Sul. Lee Jae-myung venceu a disputa com 49,42% dos votos válidos –as urnas foram 99,79% apuradas– contra 41,15% do adversário Kim Moon-soo.
História
Hoje com 60 anos, o agora presidente de uma superpotência também cultural foi um operário pobre aos 14 anos. Seu pai trabalhava como faxineiro de mercado, enquanto sua mãe era cobradora de taxas em banheiros públicos, segundo seu escritório e biografias que incluem trechos dos diários do próprio Lee.
O líder é o quinto de sete filhos de uma família pobre de Andong, uma cidade ribeirinha a sudeste da capital da Coreia do Sul, Seul.
Em outro trecho de seu diário/biografia, Lee cita que sentia inveja dos alunos que via usando uniformes escolares e daqueles que tinham o suficiente para comer.
Carreia
O presidente eleito desde pequeno se mostrou um excelente aluno, passando em exames escolares a até ganhando uma bolsa integral para estudar Direito na Universidade Chung-Ang, uma das principais instituições privadas de Seul.
A partir daí, Lee tornou-se advogado de direitos humanos e ingressou na política em 2010 como prefeito da cidade de Seongnam, nos arredores da capital, representando o Partido Democrata liberal.
Em 2018, se tornou governador da província de Gyeonggi, a mais populosa do país, que circunda a capital. Após iniciar a corrida presidencial, Lee sofreu uma tentativa de assassinato em janeiro de 2024, quando um homem o esfaqueou no pescoço durante um evento público na cidade de Busan, no sul do país.
Em sua posse nesta quarta-feira (04/06), novo líder abordou tom de reconciliação e recomeço.
“É hora de substituir o ódio e o confronto pela coexistência, reconciliação e solidariedade — para inaugurar uma era de felicidade nacional, de sonhos e esperança”, disse o presidente.