Foto: Alan Santos/PR
Pesquisa do Poder Data avaliou que 53% das pessoas consideram o trabalho do presidente ruim ou péssimo
A PoderData lançou uma pesquisa onde mostra qual a aprovação do Governo de Jair Bolsonaro segundo a população brasileira. Segundo o PoderData, o presidente conta com 33% de apoio ao seu governo, enquanto 58% desaprovam, tendo uma diferença de 25 pontos percentuais de aprovação.
Os pontos foram considerados uma recuperação para Bolsonaro, pois a desaprovação diminuiu em 5 pontos percentuais, enquanto sua aprovação aumentou em 2 pontos. Em agosto desse ano, Bolsonaro atingiu o record de rejeição de um governo brasileiro, com 64% de rejeição, segundo uma pesquisa também feita pelo PoderData.
9% das pessoas consideraram que não sabem opinar sobre o governo.
Considerando que vivemos um momento na política em que o ambiente é em tempo real, considerando a força que a internet e as redes sociais tem na percepção da população, é provável que a aprovação do governo possa passar por muitas mudanças de avaliação da população.
Apoio de evangélicos cai
É considerado que Bolsonaro esteja passando pelo pior momento de aprovação desde o começo de seu governo em 2019. O percentual de pelo menos 50% da população desaprovando seu governo já se mantém a meses, e sua avaliação positiva caiu até mesmo com seus maiores aliados: os evangélicos.
Segundo a PoderData, 37% dos evangélicos que participaram da pesquisa consideram o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo, três pontos percentuais a mais desde a última pesquisa. E 45% consideram bom ou ótimo, 5 pontos a menos.
Um dos motivos por essa perda tão grande são as altas taxas de mortes pelo novo coronavírus e a má administração da pandemia.
Segundo o Pastor Ariovaldo Ramos, um dos fundadores da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, as atitudes de Bolsonaro na pandemia acabou gerando apoiadores ao negacionismo.
“Uma questão que talvez tenha escapado a alguns é que dentro da população evangélica há um grande número de vítimas da covid-19. Quando Bolsonaro começou a dizer que era uma gripezinha, que o número de vítimas seria irrisório, essa prática fez muitos evangélicos apoiarem o negacionismo.”