Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Avaliação do governo Bolsonaro continua estável, com taxa de 53% de reprovação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém o pior índice de avaliação de seu governo no final do terceiro ano de mandato. Segundo levantamento do Instituto Datafolha publicado nesta sexta-feira (17), 53% dos brasileiros avaliam o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo e 22% o classificam como ótimo ou bom.

Taxas de avaliação do governo Bolsonaro

A pesquisa entrevistou 3.666 pessoas com mais de 16 anos, de modo presencial, entre os dias 13 e 16 de dezembro em 191 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos (para mais ou para menos). Em comparação com a pesquisa anterior, realizada de 13 a 15 de setembro, Bolsonaro registrou estabilidade. Desde agosto de 2019, a reprovação do presidente ultrapassa a aprovação.

Com a pandemia de 2020, Bolsonaro registrou um aumento do índice de reprovação, com 44% dos entrevistados avaliando seu governo como ruim/péssimo. O pagamento do auxílio emergencial diminuiu de forma significativa sua reprovação para 32% em dezembro de 2020. Mas ao longo de 2021, o presidente tem enfrentado altos níveis de desaprovação.

Grupos de apoio e rejeição

A pesquisa revela também que as melhores avaliações em relação ao governo Bolsonaro são registradas entre empresários (50%) e evangélicos (32%). Outros grupos que apoiam o presidente são pessoas que ganham até dois salários mínimos (17%), desempregados (16%) e pessoas entre 16 e 24 anos (13%).

Já os maiores níveis de rejeição do governo estão registrados entre homossexuais e bissexuais (75%), estudantes (73%), jovens de 16 a 24 anos (59%) e moradores da região Nordeste do país (58%). Em taxas menores, o presidente também registra rejeição entre pessoas que ganham até dois salários mínimos (51%), até 10 salários mínimos (48%) e moradores da região Sul (44%).

Em relação a outros presidentes, a avaliação de Bolsonaro só perde para Fernando Collor de Mello (PRN) que registrou reprovação de 68% em 2 anos e 6 meses de governo. A melhor taxa de aprovação em período correspondente é de Dilma Rousseff (PT), que tinha 41% de avaliações ótimas ou boas e somente 17% ruins ou péssimas.

Ao longo de seu mandato, a aprovação de Bolsonaro se manteve estável, com o registro de alguns pontos de ascensão no início do governo. Mas, a partir de março de 2021, o governo tem encarado uma queda da faixa dos 30% para a dos 20%.

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