Foto: José Cruz/Agência Brasil

Questionado sobre o comunicado do governo americano sobre sua viagem à Rússia, Bolsonaro declarou que, se convidado por Biden, também visitaria os EUA

O presidente Jair Bolsonaro voltou a se pronunciar sobre sua viagem marcada para Moscou em meio à escalada nas tensões militares entre Rússia e Ucrânia. Nos últimos dias, os Estados Unidos haviam demonstrado preocupação com o encontro de Bolsonaro com o presidente russo, Vladimir Putin. Membros do governo americano apontaram que a visita poderia ser vista como um apoio do Brasil às ações de Putin.

Em pronunciamento feito em um evento em Porto Velho (RO), Bolsonaro afastou a possibilidade de qualquer desgaste diplomático com os EUA em razão da viagem à Rússia. O presidente reafirmou que o Brasil tem “um bom relacionamento com todo o mundo” e declarou que se for convidado por Joe Biden para visitar os Estados Unidos, também iria.  

No comunicado emitido na última sexta (28), o governo dos EUA havia declarado que “o Brasil tem a responsabilidade de defender os princípios democráticos e proteger a ordem baseada em regras, e reforçar esta mensagem para a Rússia em todas as oportunidades”. Diplomatas americanos veem as ações do governo russo no Leste Europeu como atos de violação do direito internacional e defendem que o isolamento de Putin seja a melhor reação a essas ações.

A viagem segue com previsão para acontecer entre os dias 14 e 17 de fevereiro, segundo o Itamaraty. O objetivo da visita à Putin, de acordo com o presidente, é de estreitar relações comerciais com a Rússia. Entre os assuntos que devem ser tratados no encontro está a comercialização de fertilizantes com o país europeu.

Bolsonaro esteve hoje na capital de Rondônia para um encontro com o presidente do Peru, Pedro Castilho. De acordo com o Itamaraty, a reunião foi marcada para tratar das relações comerciais com o país vizinho.

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