Uma reunião do TSE para ilustrar a noticia referente a Campanha de Bolsonaro

A campanha de Bolsonaro estaria sendo prejudicada com a não vinculação das propagandas em rádios

Por: Carlos Becerene
Fotos: Antonio Augusto/Secom/TSE

Na noite da última segunda-feira (24), o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, fizeram um pronunciamento em frente ao Palácio da Alvorada. As falas foram para denunciar uma suposta irregularidade na propagação de campanhas em rádios.

Faria e Wajngarten afirmam que contrataram duas empresas de auditoria midiática para avaliar as inserções de rádios no segundo turno, após denúncias anônimas. “A Coligação Requerente verificou intensificação de contatos de seus apoiadores, movimento iniciado já no primeiro turno, [..] que inúmeras rádios não veiculam adequadamente as inserções de rádio determinadas pela Justiça Eleitoral, favorecendo fortemente a Coligação adversária”, afirmou em documento encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As acusações dizem que a campanha de Bolsonaro teria sido prejudicada por conta de 18,24% inserções a menos que a campanha Lula em rádios nordestinas. Entre os dias 7 e 14 de outubro, foram 12.048 spots de rádios de 30 segundos a menos em relação à coligação rival.

A campanha do PT teve 88.144 inserções totais, durante o período analisado, e a do PL teve 76.060. Além disso, o documento destaca o estado da Bahia como a maior discrepância entre estados nordestinos, com 7.249 a menos inserções que a campanha petista.

Além da investigação das rádios, os advogados do PL solicitaram a suspensão imediata das propagandas petistas em todo território nacional. 

Alexandre de Moraes responde a campanha de Bolsonaro

Após o pedido do PL, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que as acusações são extremamente graves. Além disso, negou o pedido de suspensão das propagandas do PT. “Os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério. Por isso acabou limitando o representante a juntar um suposto e apócrifo ‘relatório de veiculações em rádio’”, escreveu.

Contudo, Moraes diz que se as acusações não forem comprovadas, a campanha de Bolsonaro pode estar cometendo crime eleitoral. “Tal fato (a apresentação da denúncia) é extremamente grave, pois a coligação requerente aponta suposta fraude eleitoral sem base documental alguma. O que, em tese, poderá caracterizar crime eleitoral”, disse.

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