MPF investiga a compra de Covaxin pelo governo. Há indícios de irregularidades na compra de vacinas indianas pelo governo federal.

Ministério Público acredita ter indícios de irregularidades na compra de vacinas indianas pelo governo federal 

O Ministério da Saúde alegou ter sido pressionado de forma “atípica” para a compra do imunizante indiano, segundo o Ministério Público Federal (MPF) a Saúde pode ter assumido um risco na compra. Segundo os dados divulgados pela Bharat Biotech o último teste feito concluiu que a vacina tem eficácia de 78% em casos leves e moderados e 100% em casos graves. 

Porém, o questionamento do MPF foi causado pelo valor exorbitante que o governo teria pago pelas doses da vacina, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União) a Covaxin foi o imunizante mais caro pago pelo governo até agora. Tendo ficado R$ 80,70 a unidade, valor que custa cerca de quatro vezes mais que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca.

A Covaxin não foi autorizada para uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que teria autorizado com restrições a importação de 4 milhões de doses da vacina, que serão aplicadas de forma controlada e sob responsabilidade do Ministério da Saúde, contudo o contrato feito pelo governo federal prevê a compra de 20 milhões de doses do imunizante. 

A compra dessa vacinas começaram a ser questionada pela CPI da pandemia quando os senadores questionaram o tempo que o governo federal levou com a Precisa Medicamentos, vendedora da Covaxin, um total de 97 dias enquanto em contra partida o trâmite com a Pfizer demorou 330 dias.

“Foi a única aquisição que teve um telefonema do presidente da República para o primeiro-ministro, indicando para primeiro-ministro a preferência do Brasil pela aquisição da Covaxin com todos esses problemas. E, além do mais, foram colocados na Câmara dos Deputados, naquele projeto de lei que autorizou aquisição de vacinas pela iniciativa privada, por empresários, a possibilidade de compra da Covaxin”, conta Renan Calheiros, relator da CPI para um jornal.

Foto: Índia/Reprodução

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