Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Autores alegam danos ao patrimônio da estatal pela Lava-Jato
Por Ananda Barcellos.
Cinco deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) abriram uma ação popular contra o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), sob alegação de dano ao patrimônio da Petrobrás. A bancada pede que o réu seja condenado a pagar de volta os cofres públicos pelos supostos prejuízos na Estatal durante sua atuação na Operação Lava-Jato.
Os autores da ação- Rui Falcão, Erika Kokay, Natalia Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta- acusam Moro de ter agido de maneira “Atentatória ao patrimônio público e à moralidade administrativa”, como lê-se no documento oficial da ação. Ainda segundo o grupo, as movimentações do réu também causaram “severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática e institucional”, destaca outro trecho da petição.
“É certo que os desvios de finalidade, os excessos e abusos hoje reconhecidos ao longo da Operação Lava-Jato […] resultaram em perdas e danos muito superiores ao interesse público”, alegam os deputados petistas. O valor da possível indenização que o ex-juiz pode enfrentar não foi especificado na petição.
Inicialmente, a petição foi protocolada no dia 27 de abril deste ano, mas apenas nesta segunda-feira (23), o Juiz Charles Renaud Frazão de Morais recebeu o documento e determinou a citação de Moro. A informação veio à público através do Jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (24), para o qual Moro também rebateu as acusações, afirmando que a ação do PT era um movimento “risível”.
O ex-juiz, até o momento, se posicionou de maneira despreocupada. “Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação”, afirmou, em entrevista à Folha de São Paulo.
Petrobrás
A Estatal que, de acordo com a ação popular contra Moro, foi prejudicada durante a Lava-Jato, hoje também chamou atenção nacional em sua troca de presidência. Nesta segunda-feira, o governo federal anunciou a substituição: Caio Paes de Andrade entrará no lugar do então presidente José Mauro Ferreira Coelho, que acabara de completar pouco mais de um mês no cargo.
Segundo a CNN, a troca foi defendida por nomes fortes na Esplanada, sob alegação de que a estatal deveria estar mais alinhada ao novo Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que substituiu Bento Albuquerque.