Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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Ex-governador teria intenção de dizer que o senador Flávio Bolsonaro controlaria 6 hospitais federais do RJ

O senador Randolfe Rodrigues apresentou para a Comissão Parlamentar de Inquérito, nessa quinta-feira (17), o requerimento para tomar depoimento secreto do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Em seu depoimento na CPI da Covid, na quarta-feira (16), o ex-governador do Rio de Janeiro afirmou que teria um “fato gravíssimo” de intervenção do governo federal em sua gestão para compartilhar em sigilo, fato esse que teria sido promovido para gerar alterações na estrutura de governo.
Além disso, o ex-governador alegou que sua investigação durante a época que sofreu impeachment teria sido feita irregularmente por Marcelo Bretas, e que o investigado Luís Roberto Martins, que teria citado o ex-governador em escuta telefônica, foi coagido a mencioná-lo.
Randolfe alega também, em seu requerimento, que Witzel poderia esclarecer sobre denúncias de interferência na Polícia Federal.
De acordo com os jornalistas Leandro Resende e Daniel Adjuto da CNN, o ex-governador do Rio pretenderia relatar, durante a reunião secreta com a comissão que o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) teria influência na indicação de cargos nos hospitais federais do Rio de Janeiro.
Ex-integrantes da área de saúde do Rio de Janeiro teriam relatado à CNN que Witzel traçaria uma linha argumentativa atribuindo o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Flávio Bolsonaro, o controle de seis hospitais administrados pelo Ministério da Saúde no estado.
Durante suas falas na comissão, Witzel afirmou que não há intervenção estadual nos hospitais federais, classificando-os como “intocáveis”. Ele disse que os hospitais “tem um dono e essa CPI pode descobrir quem é o dono daqueles hospitais”.
O senador Flávio Bolsonaro afirmou para a CNN que nunca indicou cargos para hospitais federais e chamou o ex-governador Wilson Witzel de “criminoso e mentiroso”.
A comissão votará nessa sexta-feira (18) se ouvirá ou não o ex-governador em uma reunião secreta.

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