Foto: Sputnik News
Instituto Gamaleya afirmou que a vacina não apresenta riscos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizou nesta quinta-feira (29), um comunicado para esclarecer a decisão tomada em relação à vacina Sputnik .
Na última semana, a Anvisa recusou o uso do imunizante alegando a presença de “adenovírus” na substância.
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, a Agência agiu conforme a lei define, desmentindo as notícias falsas.
“Acusaram a Anvisa de mentir, de atuar de maneira antiética e de produzir fake news sobre a identificação do adenovírus replicante (…) O desenvolvimento de uma vacina é complexo, assim, a Anvisa está sempre receptiva para avaliar novos estudos e informações”, destacou.
Avaliação da Vacina
O gerente geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, afirmou que a avaliação começou quando a empresa responsável pela vacina atestou, no dossiê, que o imunizante poderia reproduzir partículas replicantes.
“Essas partículas então são aquelas que vão efetivamente se espalhar pelo corpo, o que não é esperado pra uma vacina”, explicou.
Durante a transmissão, acompanhada pelo Portal C+, então, a Anvisa apresentou o vídeo da reunião com o laboratório russo, onde a Agência questionou sobre os dados da presença de partículas indevidas no imunizante.
Gustavo Mendes afirmou que, até o momento, o Instituto não respondeu sobre os questionamentos levantados a respeito do medicamento. Dessa forma, Anvisa informou que “estão abertos” para o recebimentos de novos documentos com as especificações necessárias.
Instituto Gamaleya rebate afirmações da Anvisa
Depois do comunicado da Agência, os desenvolvedores da vacina russa publicaram que, em nenhum momento, constava no documento a presença das partículas e, que muito menos causou algum tipo de problema evidente em pessoas que foram vacinadas com o imunizante.
“Vários estudos independentes do mundo real em países onde a vacina está sendo usada, bem como programas de vacinação em massa mostram fortes evidências que confirmam a eficácia e segurança da Sputnik V”, destacou a nota.
Colaboração: Cecília Gelenske