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Empresa afirma que o remédio está sendo utilizado nos testes e diminuiu pela metade das hospitalizações e mortes.

Nesta sexta-feira (01), a farmacêutica MSD anunciou que o remédio experimental molnupiravir, usado em testes para tratar o Covid-19, reduziu pela metade o número de mortes e hospitalizações em pessoas que estão no início da infecção. O estudo foi realizado com 775 pessoas e os resultados devem ser avaliados por outros cientistas, por isso o medicamento não está á venda.

Ainda se sabe pouco sobre o remédio, mas já é certo que o medicamento age como uma enzima que o coronavírus usa para copiar seu código genético e se reproduzir.

De acordo com os testes, os pacientes que usaram o molnupiravir em até 5 dias após os sintomas do Covid, tiveram metade dos números de hospitalizações e mortes em relação aos pacientes que receberam um comprimido inativo. Porém o medicamento não funciona em pacientes graves.

Outro índice para se comemorar é que o remédio funciona contra as variantes do Covid-19. A MSD informou que, “com base nos participantes com dados de sequenciamento viral disponíveis (aproximadamente 40% dos participantes), o molnupiravir demonstrou eficácia consistente nas variantes virais Gama, Delta e Mu”.

O Brasil foi um dos países no qual o remédio foi testado – nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Bento Gonçalves (RS).

Sobre os efeitos colaterais do molnupiravir, a empresa não especificou quais são, mas disse que foram relatados por ambos os grupos no estudo. Eles foram levemente mais comuns no grupo que recebeu o comprimido inativo (e não o do remédio). Respondendo a dúvida de quando será liberado para o uso, a Merck – nome da MSD nos Estados Unidos e no Canadá – comunicou que solicitaria autorização de uso à FDA (espécie de Anvisa americana) nos próximos dias.

A farmacêutica ainda disse que pode produzir 10 milhões de doses até o fim do ano e tem contratos com governos em todo o mundo.

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