Foto: Reprodução/NatiMarinho/Flickr
Para essa investigação foram coletadas 400 amostras de superfícies muito tocadas por diferentes usuários. Estudo foi realizado pela Fiocruz
Pesquisa publicada pela Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco (Fiocruz-PE) ratificou o que os especialistas e o senso comum já diziam: os terminais e os ônibus do Recife são ambientes de alto risco para a infecção pelo novo coronavírus.
A pesquisa recolheu amostras de superfícies situadas em vários pontos do Recife para identificar a presença do vírus. Os lugares com maior risco de contaminação são os terminais de ônibus, com 48,7% das amostras positivas, seguidos dos arredores de hospitais (26,8%), segundo artigo publicado pela Fiocruz.
Foram coletadas 400 amostras de superfícies muito tocadas por diferentes usuários como, por exemplo, maçanetas, torneiras, vasos sanitários, interruptores de luz, leitores de biometria, catracas, corrimão de escadas, entre outros, em diversos pontos da capital pernambucana.
Os lugares foram selecionados por atender ao grande fluxo e alta concentração de pessoas. Além disso, foram organizados em seis grupos: terminais de passageiros, unidades de saúde, parques públicos, mercados públicos, áreas de praia e centro de distribuição de alimentos. No entanto, as amostras foram submetidas ao exame padrão ouro para detecção do novo coronavírus, o RT-qPCR.
Do total de amostras obtidas, foi confirmada a presença do SARS-CoV-2 em 97 (24%). Portanto, quase metade delas foram recolhidas em terminais integrados de ônibus (47 amostras positivas ou 48,7%), onde as superfícies com maior índice de contaminação foram os terminais de autoatendimento e os corrimões. O pesquisador da Fiocruz PE e coordenador do estudo, Lindomar Pena, ressalta que não foi detectado vírus ativo nos exames.
“Porém em algum momento ele esteve ativo naquele local, o que demonstra serem ambientes onde há mais gente infectada circulando”, explica.