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Nesta primeira fase, o programa pretende receber 418 voluntários acima de 18 anos de idade
O Governador de São Paulo, João Doria, informou que o Instituto Butantan abriu o pré-cadastro dos voluntários interessados em participar dos estudos clínicos da Butanvac, vacina que já está sendo produzida sem depender da importação de matéria-prima.
O programa pretende receber 418 voluntários acima de 18 anos de idade que desejam participar da fase de testes. Os interessados não precisam ser médico ou enfermeiro. Os ensaios clínicos serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. Outros centros de pesquisa de excelência já manifestaram interesse e serão anunciados em breve. As fases 2 e 3 deverão recrutar até 5 mil voluntários.
O candidato a voluntário deve acessar a página do IB para acessar informações e realizar o preenchimento do formulário. Quem cumprir esta etapa será posteriormente avisado dos próximos passos do estudo e sobre como se cadastrar nos centros de pesquisa, que farão o recrutamento dos voluntários.
O processo de recrutamento dos interessados terá início assim que houver a autorização dos ensaios clínicos por parte do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), o que deve ocorrer em breve.
Sobre a Butanvac
A tecnologia da Butanvac utiliza o vírus da Doença de Newcastle geneticamente modificado desenvolvido por cientistas norte-americanos na Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque (EUA). O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra.
O desenvolvimento complementar da vacina é todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.
A Doença de Newcastle é uma infecção que afeta aves e, por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de Influenza do Butantan. O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. Ele é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro.
A tecnologia para a produção da Butanvac já é usada há 10 anos na fábrica de vacinas contra a gripe do instituto, e usa o cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos