Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Gastos aumentaram quase 19% em relação aos quatro anos anteriores das gestões Dilma e Temer

O senador Fabiano Contarato (PT) enviou, na última segunda-feira (31), um pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a realização de auditoria dos gastos com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), conhecido como cartão corporativo.

Um levantamento realizado pelo jornal O Globo apontou que o presidente Jair Bolsonaro, em três anos de gestão, gastou cerca de R$ 29,6 milhões, montante superior à soma dos gastos do governo Dilma e Temer.

Através de suas redes sociais, Contarato classificou os gastos como “altíssimos” e ponderou que essas despesas acontecem em um mesmo momento em que “falta comida na mesa dos brasileiros”. O senador defendeu a transparência sobre essas informações e a investigação do caso.

No documento, encaminhado ao TCU, o senador avalia que o aumento considerável nos gastos da Presidência da República levanta suspeitas sobre despesas excessivas ou superficiais e também sobre a intenção de seus usuários, que podem ser protegidos pelo sigilo garantido a essas informações.

Estes cartões podem ser utilizados para custear despesas com alimentação, hospedagem e viagens. O detalhamento desses gastos, no entanto, é mantido em sigilo sob o argumento de que a divulgação de tais informações poderia colocar a segurança do presidente da República em risco.

O parlamentar apontou que a falta de transparência e fiscalização sobre os gastos realizados com os cartões vinculados à Presidência configuram “desobediência aos princípios constitucionais, à Lei de Acesso à Informação e a decisões do Supremo Tribunal Federal”.

Além disso, Fabiano Contarato já havia solicitado ao TCU, em maio de 2020, a apuração de indícios de irregularidades no uso dos cartões corporativos. O senador também é autor de um projeto de lei que busca estabelecer limites e ações de transparência para o uso dos cartões.  

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