O Brasil registrou mais de 100 casos da monkeypox até a última quarta-feira (6). De acordo com levantamento da CNN, São Paulo é o estado mais afetado. Além disso, OMS confirmou mais de 6 mil casos pelo mundo. Até o momento, o órgão reavalia ser o surto da doença é uma emergência internacional.
Butantan estuda criação de vacina para monkeypox
O Instituto Butantan, em São Paulo, criou um comitê de estudos para a criação de uma vacina. De acordo com o órgão, nove especialistas estão reunidos para começar os estudos de produção do imunizante.
“Considerando que desde a cessação da vacinação contra a varíola, se nota uma crescente incidência de casos e surtos relatados, o que está levantando preocupações sobre a disseminação futura da doença; considerando que o Instituto Butantan, na década de 70 chegou a produzir uma vacina para imunizar a população contra a varíola; considerando a iminência de um possível surto da referida doença provocada pelo vírus monkeypox […] Fica criado um Comitê Contingencial Técnico de Especialistas, com a finalidade de assessorar a entidade”, diz a portaria publicada no “Diário Oficial do Estado”.
Casos de monkeypox no Brasil
De acordo com levantamento feito pela CNN, o Brasil registrou 121 casos até a última quarta-feira (6). Dessa forma, são 77 casos em São Paulo e em seguida Rio de janeiro (28). Minas Gerais (8), Ceará (2), Paraná (2), Rio Grande do Sul (2), Rio Grande do Norte (1) e Distrito Federal (1) apresentam estes números.
Entretanto, o número pode ser maior porque no último sábado (9) foi confirmado o terceiro caso da doença no Rio Grande do Sul. Outro caso também confirmado, foi o do participante do No Limite, Matheus Pires, que foi internado na última semana.
Polêmica sobre o infectados
Dados sobre os pacientes infectados pela monkeypox revelaram que a maioria são homens gays. Entretanto, o médico Rico Vasconcelos, em entrevista à CNN explica as razões e que “ninguém pega a doença porque é gay”.
“O que acontece é que o vírus pode ser transmitido para qualquer pessoa que tenha contato próximo com alguém doente. Neste momento, em julho de 2022 no Brasil, os casos se disseminam de forma mais concentrada entre homens gays. É como se estivesse chovendo para todo mundo, mas mais no quintal de homens gays e por isso eles têm que estar mais atentos”, explicou.
Ainda durante a entrevista, o médico e pesquisador do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explicou que em algumas semanas ou meses, o grupo mais afetado pode ser outro. E ressaltou que é uma doença benigna, que depois de alguns sintomas, o paciente se cura sozinho.
Além disso, Vasconcelos alerta que a monkeypox não é transmitida sexualmente. Ou seja, a camisinha não irá proteger do contágio. Porque a transmissão se dá por exposição e troca de gotículas.