Foto: Reprodução/Paramount Pictures

Aventura épica traz robôs gigantes, novos aliados e uma reviravolta visual surpreendente
O êxito de algumas propostas parece ser imune ao passar do tempo ou à constante mudança de preferências do público em geral. Como o sucesso duradouro dos adorados Robôs / Alienígenas Gigantes, que há décadas emulam veículos (de veículos clássicos a aeronaves, motocicletas e caminhões) e continuam relevantes.

Estamos nos referindo, é claro, aos habitantes de Cybertron, que retornam às telonas com toda a grandiosidade merecida em “Transformers: O Despertar das Feras” (Transformers: Rise of the Beasts).

A história se desenrola em 1994 (uma época repleta de referências e easter eggs), sete anos após os eventos de “Bumblebee” e concentra-se na urgente necessidade dos Autobots de recuperarem a Chave Transwarp, um artefato capaz de levá-los de volta ao seu planeta natal, antes que caia nas mãos dos vilões da vez: os Terrorcons.

Sob a liderança de Scourge (dublado por Peter Dinklage), os antagonistas anseiam pela chegada de Unicron (Colman Domingo), um ser supremo devorador de mundos. Isso resultaria na destruição tanto da Terra quanto de Cybertron, o que aparentemente não é um problema para eles, já que seu objetivo é transformar nosso pequeno planeta azul em algo mais adequado dentro da vastidão do universo.

Do lado dos heróis, Optimus Prime (dublado por Peter Cullen) está acompanhado por Bumblebee (que se comunica através do rádio), Mirage (Pete Davidson / Douglas Silva), uma figura marcante na tela, e Arcee (Liza Koshy / Fernanda Paes Leme). Além disso, eles contam com a valiosa ajuda dos Maximals, personagens que fizeram grande sucesso na série de TV dos anos 90, “Beast Wars”.

O design dos robôs que se assemelham a animais selvagens é impressionante e um dos maiores trunfos do filme dirigido por Steven Caple Jr. (com Michael Bay novamente na produção). O quarteto formado por Optimus Primal, o gorila (Ron Perlman), Airazor, a falcão-peregrino (Michelle Yeoh), Cheetor, a chita (Tongayi Chirisa) e Rhinox, o rinoceronte (David Sobolov), desempenha um papel fundamental na busca pela salvação de humanos e Autobots.

E falando em humanos, a narrativa mais uma vez se passa na Terra, então é natural que haja uma parte dedicada à introdução de novos personagens na franquia. No entanto, como nas produções anteriores, eles acabam parecendo menos relevantes em comparação com os imponentes robôs, independentemente de sua proposta ou importância, que às vezes é exagerada.

Esses personagens incluem Noah Diaz (Anthony Ramos), um ex-militar com habilidades em eletrônica, cuja maior preocupação é encontrar emprego para ajudar nas despesas de casa e no tratamento de seu irmão caçula, Kris (Dean Scott Vazquez). E também temos Elena Wallace (Dominique Fishback), uma talentosa estagiária de arqueologia em um museu, cuja curiosidade e inteligência a destacam na história.

Dois fatores diferenciam esse filme dos capítulos anteriores da longa franquia, iniciada em 2007 e composta por cinco filmes e um spin-off: a opção controversa de diminuir as cores, com algumas sequências flertando perigosamente com a falta de iluminação, e a interessante mudança na aparência dos Autobots, que agora se assemelham ainda mais às versões originais dos brinquedos e animações dos anos 80.

Com uma duração de 127 minutos, incluindo uma cena adicional, “Transformers: O Despertar das Feras” deixa um final promissor em termos de futuras pretensões. Graças a uma suposta e inesperada parceria, a sensação é de que a saga de Optimus Prime e seus companheiros está longe de acabar. E isso é algo muito bom para os fãs.

*Título assistido em uma pré-estreia promovida pela Paramount Pictures.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *