O Journal of Sports Sciences revelou a análise de 21 estudos que mostraram que pular corda tem efeitos mais rápidos do que a corrida. De acordo com os resultados das pesquisas, o motivo disso é porque com a corda seu pé atinge o solo por períodos mais curtos de tempo. Além disso, pular corda é eficaz para construir força, velocidade e agilidade. Um dos autores disse, ao The New York Times, que o tempo é outra causa desse resultado.
“Menos tempo gasto no solo é mais tempo avançando”.
Jason Moran, pesquisador da Universidade de Essex, no Reino Unido
Outras causas seriam em relação ao tipo de exercício que pular corda proporciona para o corpo e para a saúde.
“Quando você pula corda, os músculos de contração rápida disparam com maior velocidade e fornecem feedback ao cérebro com mais eficiência”, explica.
Alysia Robichau, médica do esporte no Hospital Metodista de Houston
Além disso, os estudos mostraram que exercícios com saltos aumentam a força óssea e a força explosiva. Ao mesmo tempo, que também estabilizam as articulações.
“Isso será muito melhor para você em termos de construção da densidade óssea”.
Michael Fredericson, cirurgião ortopédico da Escola de Medicina da Universidade de Stanford
Pular corda exige auto conhecimento
Conforme o especialista em fisiologia e nutrição aplicado ao exercício físico, Samuel Barbosa Mezavila Abdelmur, os resultados são coerentes.
“É muito bom para a densidade óssea, igual a bater no saco, são excelentíssimos para que o nosso osso ganhe mais densidade, fique mais forte”.
Entretanto, Samuel pontua que os benefícios vão além da perda de peso. Outros pontos positivos são melhoras nos sistemas cardiorrespiratório e circulares.
“Outro estudo comprova que pular corda de maneira intervalada, 30 segundos muito forte e descansar 1 minuto, e uma ingestão controlada de alimento traz benefício para a redução da gordura e controle de peso”.
Todos podem pular?
Ainda de acordo com Samuel, não é necessário fazer alguma preparação. Mas, é importante conhecer seu corpo e seus limites.
“É um exercício muito fácil, que requer um material barato e um local que tenha, pelo menos, um teto alto, para ter o espaço para a movimentação da corda. Além disso, é preciso entender quem é a pessoa que vai praticar. Por exemplo, um cardiopata, com artrose no joelho e hérnia de disco. É contra indicado que essa pessoa comece pulando corda”.
Porém, o especialista diz que mesmo com certas comorbidades, ainda é necessário uma avaliação para saber se a prática é viável. Samuel também afirma que aqueles com problemas no joelho também tem a possibilidade de pular corda.
“É preciso fazer musculação, fortalecer os membros inferiores, ganhar mais massa magra. Então, ela precisa estar mais forte, mais preparada para receber aquela carga de saltos. Assim, com um começo progressivo para que não inflame os joelhos. E, semanalmente, ir aumentando a quantidade de saltos aos poucos”.
Samuel também ressalta que para perder peso, alimentação regrada também faz parte. Também alerta que todos os exercícios tem um limite de eficácia.
“Todo exercício estagna. Então vai chegar o momento que não conseguirá mais perder peso e o treinamento precisará evoluir. Além disso, é necessário uma dieta regulada de forma individual”.