Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As saídas acontecem para que os ministros possam organizar suas campanhas para o pleito deste ano

O presidente Jair Bolsonaro realizou, na manhã de ontem (17), uma reunião com os ministros do governo no Palácio da Alvorada para discutir a reforma ministerial que deve acontecer no final deste mês.

As mudanças na Esplanada dos Ministérios acontecem para que os integrantes do primeiro escalão do governo possam concorrer às eleições de 2022. Segundo a Lei de Inelegibilidade, os ministros que desejarem participar do pleito devem deixar os seus cargos seis meses antes da data do primeiro turno das eleições. Neste ano, o prazo para a saída é o dia 2 de abril. 

Com os prazos fixados, a expectativa é de que aconteça até dia 31 de março a saída oficial dos ministros, que pode acontecer de maneira gradual ou por meio de anúncio único.

Após a reunião de hoje, foi definido que nove dos 23 ministros devem deixar o cargo. São eles: 

  • Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), que deve concorrer ao Senado pelo estado do Amapá;
  • Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que irá disputar uma vaga no Senado pelo Mato Grosso do Sul;
  • Onyx Lorenzoni (Trabalho), que disputará a vaga de governador do estado do Rio Grande do Sul;
  • Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), que deve concorrer ao cargo de deputado federal por São Paulo;
  • Tarcisio Freitas (Infraestrutura), que vai concorrer ao governo do estado de São Paulo;
  • Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), que deve disputar uma vaga no Senado Federal pelo Rio Grande do Norte;
  • João Roma (Cidadania), que vai pleitear a vaga de governador da Bahia;
  • Flávia Arruda (Secretaria do Governo), que vai concorrer ao Senado pelo Distrito Federal;
  • Gilson Machado (Turismo), que também vai tentar uma vaga no Senado, pelo estado de Pernambuco.

O ministro da Defesa, Braga Netto, também pode estar entre os chefes do Executivo que deixarão as pastas até o dia 31. O general é cotado para ser lançado como vice-presidente de Jair Bolsonaro.

O Palácio do Planalto já estuda os nomes que devem substituir os ministros em suas respectivas pastas. A tendência é que a maioria das vagas sejam preenchidas por pessoas que já componham a estrutura atual dos ministérios, em especial pelos secretários-executivos. 

Outros nomes de fora do Executivo  também vêm sendo discutidos, no entanto, a disputa pelas eleições de 2022 também deve inviabilizar algumas trocas. 

Entre eles estãos os senadores Marcos Rogério (PL), que estava cotado para a Casa Civil, mas que não deve assumir pois está confirmado como pré-candidato ao governo de Rondônia, e Luiz Carlos Heinze (PP), que foi pensado para a Agricultura, mas que também já está confirmado entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul.

O secretário de Cultura, Mário Frias, membro do segundo escalão do governo, também deve deixar a secretaria para concorrer à Câmara dos Deputados.

Em caso de uma reeleição de Jair Bolsonaro, a vitória de seus ministros aos cargos da Câmara e do Senado pode representar uma adição a sua base de aliados dentro do Congresso Nacional. Isso é importante para que o líder do Executivo tenha apoio dos parlamentares para a aprovação de projetos de interesse do governo. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *