Conflito em Jerusalém deixa mais de 54 mortos

Foto: The Dhaka Times – Flickr

Grupo palestino lançou mais de mil foguetes à Israel

O conflito entre israelenses e palestinos chegou ao quarto dia nesta quarta-feira (12), e o número de mortos já está em 54 pessoas, sendo 49 vítimas palestinas e 6 israelenses. Certamente o conflito se destaca por ser o pior em sete anos, segundo o governo de Israel grupos extremistas palestinos lançaram mais de mil foguetes contra as cidades Tel Aviv – a maior cidade do país –, Ashidod, Ashkelon, Gaza e Beersheba, cidades localizadas ao sul e ao centro de Israel.

Em resposta ao ataque, jatos israelenses bombardearam centenas de alvos na faixa de Gaza controlada pelo grupo Hamas, esses bombardeios acertaram um prédio de 13 andares que foi considerado como o núcleo de comando do grupo. Dentre os mortos palestinos, ao menos 13 são crianças.

O perfil oficial do Instituto de Defesa de Israel no Twitter, publicou na noite de terça um alerta:

“O IDF está atacando lojas de armas do Hamas escondidas dentro de edifícios civis em Gaza. Embora o Hamas queira colocá-lo em perigo, recomendamos que você fique longe dos locais de armas do Hamas e fique em segurança. Nosso objetivo é apenas combater o terror”.

O início do conflito

Esse conflito foi alimentado por um apoio judicial israelense à colonos que desejam o despejo de famílias palestinas da cidade de Jerusalém Oriental. Os israelitas ocuparam a cidade em 1967, durante a guerra israel-árabe, e em 1980 anexaram a cidade inteira ao país. Embora o governo de Israel considere a cidade inteira como sua capital, ela não é reconhecida pela maioria da comunidade internacional. Ou seja, destino de Jerusalém Oriental está no meio de um conflito israelense-palestino, e os dois lados reivindicam seu poder sobre a cidade.

Esta onda de conflitos ocorreu após o último dia do mês sagrado do Ramadã, onde diversos eventos geraram motins que eclodiram em confrontos entre a polícia e palestinos que protestavam contra as barreiras de segurança colocadas no Portão de Damasco, na cidade velha de Jerusalém. Da mesma forma, em Haifa, no norte de Israel, também foi registrados confrontos.

Na terça-feira (11), Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel através de um discurso transmitido pela televisão, reforçou que o confronto seguirá e que o grupo Hamas e o grupo extremista palestino Jihad vão pagar um alto preço. Enquanto isso, Ismail Haniveh, líder do Hamas, declarou que se Israel quiser escalar no ataque, o grupo estará pronto para isso.

O Conselho de Segurança da ONU pede por um cessar fogo imediato, mas entende que a situação está se desenvolvendo para uma guerra completa. Nesta quarta-feira (12) o Conselho deve se reunir para discutir o conflito.

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