Foto: Anna Shvets/Pexels

Segundo o Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a descoberta da nova variante da Covid-19 deve impactar medidas de combate ao coronavírus

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, afirmou que a descoberta da nova variante da Covid-19 deve influenciar às medidas de combate ao coronavírus. Com o avanço da vacinação em massa e a diminuição de casos de Covid, muitos estados já haviam começado a analisar e implantar propostas de flexibilização de medidas de segurança. No próprio Maranhão, o uso de máscaras em lugares abertos foi decretado facultativo.

Mas segundo Lula, algumas dessas decisões precisarão ser revistas. Para o presidente do conselho, medidas como tornar facultativo o uso de máscaras em locais públicos e alterar a capacidade de público de eventos (como jogos de futebol), precisam ser revisadas por conta da descoberta da nova variante do coronavírus, batizada ômicron.

Também chamada de B.1. 1529, a nova cepa do coronavírus foi reportada à Organização Mundial da Saúde em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul. Todos os continentes já registraram casos da variante e há evidências de que a ômicron pode facilitar a reinfecção pelo vírus. Cientistas alertam para o grande número de mutações e a velocidade de contágio da variante. Ainda não se sabe se ela tem resistência às vacinas.

Mas já é do conhecimento de especialistas que medidas não farmacológicas, ou seja, uso de máscara, distanciamento social e ventilação adequada são efetivas contra as variantes. Para Carlos Lula, “Mesmo em local aberto, faz sentido proteger pelo menos quem é mais suscetível, é idoso, tem comorbidade”.

O Conass considera de difícil implementação a adoção de medidas mais restritivas no Brasil. Para os secretários de saúde, haveria o risco da ocorrência de protestos violentos no país, como registrados em alguns locais da Europa. As autoridades afirmam ainda que o fato de 2022 ser ano eleitoral aumenta as chances de uma revolta da população.

O conselho fará uma reunião nesta semana para discutir ações diante da descoberta da variante ômicron. De forma prévia, os secretários defendem que o Brasil doe vacinas excedentes a países africanos para conter o alastramento da variante no continente. Segundo especialistas, o percentual de vacinados na África é baixo, dado preocupante diante da velocidade de transmissão da ômicron – que se mostra superior a de outras variantes.

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