O governador do Amazonas decide não ir à CPI

O governador obteve habeas corpus no STF, o que o permitiria ficar calado quando desejasse ou até não comparecer

Wilson Lima obteve uma decisão favorável no Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana, a ministra Rosa Weber o permitiu responder o que quisesse ou não se apresentar para depor na CPI desta quinta-feira (10).

O advogado do governador, Nabor Bulhões informou que Wilson não iria comparecer porque a convocação é política.

“Porque a convocação teve caráter político e teve a finalidade de expor e execrar o governador (…) isso não é compatível com a relevante função de uma CPI”, destacou Bulhões na justificativa.

Na última segunda-feira (7) o presidente da CPI, Omar Aziz, disse que a decisão do Supremo poderia se encaixar como uma interferência de um poder em outro. Caso a participação fosse concretizada, Lima seria o primeiro governador a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Na semana passada o depoimento do governador foi antecipado devido a operação da Polícia Federal, envolvendo Wilson Lima, que apura os gastos do Amazonas relacionados à pandemia. Na sessão, o presidente da CPI afirmou que a antecipação se dava para que Lima explicasse as acusações.

Governadores tentam impedir convocações

Governadores de 17 estados e Distrito Federal entraram, em maio, com recurso no STF para barrar as convocações votadas na CPI da pandemia, eles questionam se a CPI de fato teria o poder de convocar governadores, e pede para que o STF reavalie a decisão dos senadores

Os mandatários também não satisfeitos enviaram uma carta ao senador e presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) pedindo a anulação das convocações, com o argumento de que seria uma interferência entre Poderes e que isso fere a devida separação entre tais.

Foto: Isac Nóbrega

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