O Ministério da Sáude (MS) recebeu nessa semana o tratamento para Monkeypox. O MS indica o antiviral Tecovirimat para pacientes com risco de desenvolver formas graves da doença. Um dos sintomas da Monkeypox é a erupção cutânea. Na forma grave da doença, as lesões podem ter grandes áreas de descamação que ocorrem com mais frequência entre crianças e pessoas imunossuprimidas. Além disso, estão relacionados ao estado de saúde do paciente e natureza das complicações. Dessa forma, as possíveis complicações são infecções de pele, pneumonia, confusão mental e infecções oculares que podem levar à perda da visão.

Além disso, o Brasil recebeu gratuitamente os 12 tratamentos pelo laboratório fabricante. Além disso, os doze tratamentos para a doença foram recebidos gratuitamente pelo laboratório fabricante, SIGA Technologies.

O Ministério das Relações Exteriores coordenou o envio em conjunto com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Embaixada do Brasil em Washington.

“Esse é um momento importante para nós que fazemos a vigilância em saúde no Brasil. O mundo tem usado essa medicação e com resultados positivos e animadores”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros.

Cuidados da Monkeypox

O Centro de Operação de Emergências para Monkeypox (COE – Monkeypox) está a cargo dos critérios de distribuição. O COE irá distribuir e eleger os pacientes graves que receberão o tratamento. A resolução publicada pela Anvisa autorizou o uso do medicamento. Como ele não possui registro no país, a publicação permitiu a utilização do tratamento em caráter excepcional e temporário. De acordo com o MS, a Anvisa adotou a medida em virtude da emergência de saúde pública e importância internacional.

A princípio, a autorização é para uso compassivo em casos graves da doença. Esse uso é concedido a medicamento promissor que ainda não foi registrado na Anvisa. Assim como quando não existem alternativas terapêuticas disponíveis no país.

Além disso, a Agência Europeia de Medicamentos para tratamento de Monkeypox e a Agência Americana de Alimentos e Medicamentos (FDA) autorizaram o uso do antiviral. Atualmente, nos EUA, a autorização está restrita ao uso compassivo para casos específicos. Por outro lado, a Europa autorizou o uso do medicamento para o tratamento da doença.

O MS segue em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). De acordo com a pasta, o órgão quer adquirir novos tratamentos e vacinas contra a doença.

Vacinação para a Monkeypox

A OMS não recomenda vacinação em massa para a Monkeypox. Por isso, o Brasil irá imunizar apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras e pessoas que tiveram contato direto com doentes; o País adquiriu 50 mil doses do imunizante.

“Se houver indicação para imunização em massa em algum momento, para se ter vacina em escala, tem que existir outros parques fabris com capacidade para produzir essas doses”, destacou o ministro da saúde, Marcelo Queiroga.

Caso da doença em animal doméstico

Minas Gerais registrou o primeiro caso de Monkeypox em animal doméstico. O caso aconteceu em Juiz de Fora/MG. A confirmação foi feita pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED). De acordo com o órgão, é um filhote de cachorro de 5 meses. Em suma, ele conviveu no mesmo ambiente e teve contato com uma pessoa confirmada para a doença. O animal teve início de sintomas em 13 de agosto. Primeiramente com prurido (coceira) e, então, apresentou lesões e crostas no dorso e pescoço.

A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais orientou à secretaria de Saúde Municipal de Juiz de Fora o isolamento do animal e desinfecção do local com água sanitária. Também foi recomendado que, sempre que o proprietário fosse entrar em contato com o animal, utilizasse luvas, máscara, blusa de manga comprida e calça (proteção da pele).

Situação nacional da doença

Até o momento, os dados do Brasil e do mundo demonstram que a maioria dos casos apresentaram sintomas leves da doença. Quanto a evolução clínica, até 20 de agosto, no Brasil, foi (5,4%) de pessoas hospitalizados devido a necessidades clínicas ou para propósitos de isolamento. Desse total, seis (0,1%) têm registro de internação em unidade de tratamento intensivo (UTI). O MS analisou 219 dos 1.208 novos casos confirmados.

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