Foto: Reprodução/Pixabay

O estudo analisou o consumo de café por mais de 386 mil pessoas ao longo de um período de três anos 

Muito se discute se o consumo do Café pode fazer o coração disparar. Para diminuir a preocupação sobre o consumo da bebida, um estudo publicado nesta segunda-feira (19), na revista científica Jama Internal Medicine, revela que ingerir café está associado à diminuição dos riscos de desenvolver arritmias cardíacas.

Além disso, o trabalho descobriu que o hábito de ingerir café está associado à diminuição dos riscos de desenvolver arritmias cardíacas, como a fibrilação arterial, caracterizada por uma frequência cardíaca irregular e muitas vezes acelerada, que geralmente provoca má circulação sanguínea.

O estudo analisou o consumo de café por mais de 386 mil pessoas ao longo de um período de três anos e o comparou com as taxas de arritmia cardíaca, que pode incluir fibrilação atrial.

Após descartar hábitos e doenças que poderiam causar palpitações, os pesquisadores descobriram que “cada xícara de café consumida estava associada à diminuição em 3% dos riscos de incidência de arritmia”, escreveu o professor Gregory Marcus, da divisão de cardiologia da Universidade da Califórnia e um dos autores do estudo.

Além disso, os autores também investigaram genes associados à agitação provocada pelo café. O CYP1A2,  chamado de “gene do café”, ajuda no metabolismo da cafeína. 

Pessoas que têm esses genes ativos – o que pode ser afetado por hábitos como fumar – metabolizam o café normalmente. O que indica que esses indivíduos podem tomar café sem sentir nenhum efeito colateral. 

No entanto, quando há mutação nesse gene, o organismo pode passar a metabolizar o café mais lentamente, fazendo com que os efeitos da cafeína tenham uma duração maior ou sejam mais sentidos. O estudo não identificou nenhuma associação significativa entre a dificuldade para metabolizar o café e o desenvolvimento de arritmia. 

Entretanto, a ideia de que o café causa palpitações surgiu de estudos menores e antigos, incluindo um que focava exclusivamente em médicos do sexo masculino, escreveram Marcus e sua equipe da Universidade da Califórnia. 

Atualmente, a ciência tem uma visão diferente. Uma revisão de 201 meta-análises revelou que o consumo moderado de café é, provavelmente, mais benéfico do que prejudicial à saúde, segundo Marcus.

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