Foto: Murilo Segalla

Times amadores da Região de Curitiba começam a investir e a apostar em atletas mulheres

O futebol é um esporte que até bem pouco tempo atrás era praticado somente  por homens e o cenário nunca favoreceu as atletas do sexo feminino, porém uma nova realidade começa a se apresentar. Por conta das novas regras dos times de futebol que disputam a copa Libertadores da América, só podem participar agora dessa competição as equipes que tiverem times femininos.

Os sinais das mudanças são pequenos, mas já visíveis, na Região Metropolitana de Curitiba, times amadores de futebol começam a investir no futebol feminino, assim como organizadores de campeonatos, no ano passado a competição que foi nomeada como copa Sobrevivência nome modificado por conta da pandemia, mas a copa está em sua oitava edição, a nomenclatura anterior era de campeonato metropolitano feminino  mesmo com a pandemia a copa, contou com a participação de 12 equipes participantes segundo maior número da história perdendo somente para 2019 onde 18 times disputaram o caneco. Neste mesmo ano o torneio beneficiente da Golaço Futebol Feminino uma iniciativa da arbitra Shyrley Domingos, as Lobas Tamandaré F.C. levantou sua primeira taça, um terceiro lugar. Time esse que surgiu a partir de uma equipe amadora de futebol 7 masculino, denominada Lobos de Tamandaré, a idealizadora do projeto,Eloiza diz que “é gratificante estar aqui e em pouco tempo ver resultado essas… meninas. estão conquistando seu espaço porém  ainda é só o início, mas acredito que será promissor”, o elenco atual conta com 22 atletas, e competem regularmente em campeonatos locais.

Foto: Murilo Segalla

A Copa de Futebol Feminino de 2019, na França, foi um marco histórico, pois três das quatro seleções semifinalistas contavam com uma mulher no cargo de treinadora. países estes que são Estados Unidos, Alemanha e França todos eles referências no futebol feminino onde as atletas e comissão técnica recebem incentivo para a prática do esporte como profissionais, vale ressaltar a seleção norte americana, que possui um programa de incentivo ao esporte desde o ensino médio, por conta disso a liga de futebol feminino mais bem sucedida do mundo no sentido de profissionalização de atletas é a MLS (Major League Soccer), isso por conta do sistema de franquias que rege as regras da competição, pois o investimento em estrutura é maior, possibilitando um profissionalismo consistente, além disso  atletas vindos das competições escolares e universitárias têm a possibilidade maior de competir segundo a ex-técnica da seleção dos EUA Pia Sundhage  “o esporte regido dessa forma possibilita uma integração dessa mulheres na sociedade pois com o profissionalismo podemos nos espelhar em uma atleta assim como os homens”

 o reflexo do sucesso do modelo dos Estados Unidos começou a ser percebido na Europa os grandes clubes começaram a pensar mais nas jogadoras, um grande exemplo é o Chelsea da Inglaterra que neste ano teve o feito inédito de colocar as equipes masculina e feminina principal na final da Champions League, o time londrino investe com maior vigor nesta categoria desde a contratação da atleta Pamyle Harder em 2018 no valor de 2,1 milhões de euros, sendo assim Pamyle é a jogadora que teve a transferência mais cara do futebol feminino até hoje,  bem atrás dos 88,4 milhões de Euros a  transferência de Neymar em 2017 do Barcelona para o Paris Saint Germain. 

Foto: Murilo Segalla

  A diferença salarial entre os atletas homens e mulheres é muito grande, segundo informações publicadas no jornal Gazeta Esportiva da Espanha, o maior salário do futebol feminino pertence a Ada Hegerberg, do Lyon, que recebe 400 mil euros por mês. A CBF em um levantamento feito em 2019 mostra que o salário médio de um jogador da série A do campeonato brasileirol é de 557 mil euros, vale ressaltar que o Brasil não é um dos países com maior salário para jogadores de futebol.

 As jogadoras reclamam de como o futebol é visto e dos discursos machistas que ainda são disseminados “Nem preciso falar nada”, disse Eloiza do time Lobas F.C. “Porém, acredito que a tendência é do futebol feminino é se fortalecer, tanto no profissional quanto no amador e na minha opinião, se cada vez mais a mídia mostrar as mulheres jogando futebol, o incentivo será maior e o esporte estará disponível para todos, quebrando barreiras” acrescentou  a fundadora do time.

4 thoughts on “Futebol feminino ganha força no profissional e no amador”
  1. Ótimo, muito bom saber que as mulheres estão ganhando espaço no futebol e nos esportes cada vez mais, que isso se torne cada vez mais comum, parabéns para quem fez a reportagem, ficou muito bom, e muito informativa, seria uma boa se postassem mais notícias sobre as olimpíadas, que está próxima, seria muito bom saber sobre…

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